Doria prorrogará quarentena em SP, mas áreas menos afetadas podem reabrir

Governador propõe o que chama de 'quarentena inteligente', que permitirá a retomada econômica em regiões de baixo risco
Renato Santino25/05/2020 22h12, atualizada em 25/05/2020 22h20

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O estado de São Paulo começará a flexibilizar suas medidas de quarentena a partir do fim do mês de maio. O governador João Doria anunciou que prorrogará as orientações de isolamento contra a Covid-19 após 31 de maio, mas cada região paulista terá medidas específicas. Isso significa que a região metropolitana seguirá um caminho, enquanto o litoral e o interior do estado poderão receber orientações distintas dependendo.

Em entrevista à Globonews, o governador definiu o que chama de “quarentena inteligente”, que será anunciada formalmente nesta semana. Segundo ele, nas regiões do estado onde houver condições de uma reabertura lenta e cuidadosa, ela será adotada. Se os dados de uma área mostrarem que ainda há riscos que possam levar a um colapso do sistema de saúde da região, não haverá reabertura. Até agora, as orientações de isolamento valiam para o estado inteiro, sem exceção.

A região oeste do estado, que tem menos densidade populacional e tem se mostrado menos afetada pelo vírus até o momento deve ser a primeira a retomar atividades econômicas, como informou Henrique Meirelles, secretário da Fazenda do estado. A região metropolitana, no entanto, ainda é o epicentro da crise no estado, então a restrição deve continuar rígida por mais algum tempo.

O estado de São Paulo conta com um grupo econômico que planeja as etapas de reabertura, mas ele funciona sob o Centro de Contingência do Coronavírus, composto primariamente por infectologistas e que pode determinar quando é ou não seguro colocar os planos em prática.

Esse grupo econômico já definiu algumas prioridades para reabertura quando ela for uma possibilidade. O plano apresentado ao governo prevê a liberação dos prestadores de serviços e vendedores ambulantes, por exemplo. Ele também será responsável por definir novas normas de saúde para que a retomada das atividades possa ser feita de forma segura.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital