Covid-19: São Paulo pode atingir 11 mil mortes até o fim de maio

Estudo realizado pelo governo do estado considera isolamento mínimo de 55%
Redação08/05/2020 18h19, atualizada em 08/05/2020 18h23

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Um estudo divulgado hoje (8) pelo governo de São Paulo mostra que, até o fim de maio, o estado pode ter entre 9 e 11 mil mortos pela Covid-19. O cálculo parte do princípio que a taxa de adesão ao isolamento social estará na faixa de ao menos 55%. No mesmo período, o estudo projeta que o número de casos no estado ficará entre 90 e 100 mil.

O cálculo pode ser considerado otimista, já que projeta uma taxa de adesão à quarentena de 55%, número que não foi alcançado nos útlimos três dias. Ou seja, os números de mortes e casos até o fim de maio podem ser ainda maiores. O estado anunciou hoje a prorrogação da quarentena até o dia 31 de maio.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, falou sobre a projeção: “A curva projetada até o dia 31 de maio projeta entre 90 e 100 mil casos no estado de São Paulo. Nós não conseguimos alterar esta curva com as medidas que nós tomamos hoje, porque a curva já está em curso”.

“Podemos chegar entre 9 mil e 11 mil mortos. Isto considerando 55% de isolamento social. Se ele for menor, obviamente que estes números serão piores”, completou.

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Foto: werbeantrieb/iStock

Covas ressaltou que, estatisticamente, cada dia reflete a realidade de isolamento social de duas semanas atrás. Por isso, alterar a adesão ao isolamento social só vai ter reflexo nas estatísticas daqui 15 dias. Até esta sexta-feira (8), São Paulo tem 3.406 mortes causadas pela Covid-19.

Nos últimos três dias, a taxa de isolamento no estado de São Paulo foi de 47%. O diretor do Insituto Butantan afirmou que o sistema de saúde dará conta da pandemia somente se a taxa de adesão for de 55%.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

José Henrique Germann, secretário estadual de Saúde, afirmou que não faz sentido prorrogar a quarentena se as pessoas insistirem em não ficar em casa; ele diz que o resultado pode ser trágico.

“A prorrogação tem que estar acompanhada de uma melhora na nossa taxa de isolamento. Tem que estar entre 55% e 60%. Se não conseguirmos isto, teremos problemas para atender os pacientes”, afirmou Germann.

Via: UOL


Colaboração para o Olhar Digital

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