O Reino Unido pode implementar um programa de vacinação contra a Covid-19 em menos de três meses, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal The Times. A publicação afirma que um imunizante contra a doença derivativa do novo coronavírus (Sars-CoV-2) deve chegar dentro deste período, e que órgãos de saúde do bloco econômico devem aprovar sua distribuição antes de 2021.
Citando “cientistas”, o jornal afirma que um programa rapidamente implementado poderia assegurar pelo menos uma dose da vacina para cada cidadão adulto do Reino Unido. A pegadinha: o programa excluiria crianças. Pelas estimativas posicionadas pelas fontes, todos os adultos do Reino Unido estarão vacinados dentro de seis meses.
Vacina contra a Covid-19 pode chegar ao Reino Unido em até três meses. Imagem: Covid/Orpheus FX/Shutterstock
Recentemente, a Agência de Medicina Europeia (European Medicines Agency) confirmou que estava avaliando dados da vacina pesquisada pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, em tempo real – algo inédito na história do órgão, com o objetivo de acelerar o processo de aprovação do medicamento para a região.
A notícia solidificou ainda mais a posição do imunizante de Oxford, que já vinha sendo enxergado pelo mundo como o projeto mais avançado contra o novo coronavírus, que atingiu recentemente a marca de um milhão de mortos.
No Brasil
A vacina da Universidade de Oxford também conta com pesquisas dentro das fronteiras brasileiras, porém não é a única: no último fim de semana, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou a entrega de documentos de aprovação da CoronaVac, no intuito de acelerar o processo de aprovação do medicamento assim que as suas pesquisas de eficácia se concluírem.
Paralelamente, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou também que a vacina da Oxford/AstraZeneca teve sua entrega adiada no país. Inicialmente esperada para o começo de dezembro, agora o seu primeiro lote deve chegar apenas em janeiro de 2021. A ideia, segundo Pazuello, é que o primeiro lote atenda a 30 milhões de pessoas, e a partir daí, o Brasil receba os insumos necessários para produzir a vacina por conta própria, pela Fiocruz.
Fonte: Reuters/Uol