Covid-19: Ministério da Saúde compra 46 milhões de doses da CoronaVac

Vacina é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
Vinicius Szafran20/10/2020 20h35, atualizada em 20/10/2020 20h55

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Nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Para autorizar a compra, uma Medida Provisória (MP) será editada, disponibilizando crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão para o Governo Federal.

De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a vacina será incluída no Plano Nacional de Imunizações (PNI). “Temos a expertise de todos os processos que envolvem essa logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI”, afirmou o general. “As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”.

O anúncio foi feito durante uma reunião com 24 governadores. Dentre eles, estava o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que acredita na eficácia da vacina. Nesta semana, o estado demonstrou a segurança da CoronaVac, mas não apresentou números sobre sua eficácia.

Reprodução

João Doria, governador de São Paulo, com uma dose da vacina CoronaVac. Imagem: Divulgação/Governo de SP

Além destas doses adquiridas pelo Governo Federal, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve começar, a partir de abril, a produzir a vacina da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido). A previsão é de disponibilizar 165 milhões de doses da vacina ao país durante o segundo semestre de 2021.

Ambas as vacinas já estão na fase 3 de testes, ou seja, em estágio avançado de desenvolvimento. Por isso, espera-se que a imunização comece em janeiro de 2021. Entretanto, ainda é necessário que as vacinas recebam aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e tenham sua eficácia e segurança garantidas, como determina o Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde ainda acompanha mais de 200 estudos sobre a produção de vacinas contra o novo coronavírus e não descarta novas compras, caso seja necessário. A prioridade continua sendo entregar “uma solução segura e eficaz contra a doença” à população o mais rápido possível.

Profissionais de saúde, que são diariamente expostos ao vírus, bem como grupos de risco (por outras comorbidades), serão os primeiros a receber a vacina.

Via: UOL

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital