Covid-19: infectologista recomenda uso de máscara mesmo após a imunização

Segundo ressaltou Anthony Fauci, a vacina não vai erradicar o coronavírus, e sim proteger as pessoas para que não o contraiam
Wesley Santana22/09/2020 14h18, atualizada em 23/09/2020 14h09

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Em entrevista ao Business Insider na última quinta-feira, 17, Anthony Fauci, principal infectologista dos EUA, ressaltou a necessidade de se usar máscaras mesmo após a confirmação de uma vacina segura e eficaz contra o novo coronavírus.

Segundo ele, ainda que a ciência confirme uma imunização eficiente, as medidas de higiene, nos moldes que são indicadas hoje, não devem ser descartadas. Conforme explica, a vacina não vai erradicar o coronavírus, e sim proteger as pessoas para que não o contraiam.

Para sustentar sua declaração, o médico lembra de uma frase do diretor do Centro de Controle e Prevenção de doenças, também dos EUA, Robert Redfield. De acordo com ele, “a máscara é o meio mais garantido de proteção contra o Sars-CoV-2 porque a imunogenicidade de uma vacina -desenvolvimento de anticorpos – pode ser de apenas 70%”.

O especialista completa dizendo que, se não for obtida uma resposta imunológica, a aplicação da vacina não vai proteger quem a recebeu, mas a máscara, sim.

ReproduçãoAtualmente, existem nove vacinas em fase de testes ao redor do mundo. Foto: Adisonpk/iStock

‘Velho normal’ só em 2021

Fauci aposta que a vida que todos levavam no período pré-pandemia só voltará com a combinação de uma vacina eficaz e a adesão -ou continuidade- dos princípios de saúde pública.

O infectologista disse ainda acreditar que até o fim de 2020 o mundo já terá um imunizante seguro e eficaz contra a Covid-19. “Eu disse novembro-dezembro, outros dizem outubro. Acho improvável em outubro, mas, nunca se sabe. Mas digamos que uma aposta segura seja o fim deste ano”, sugere.

Sobre a confiança na vacina pelo fato delas estarem sendo estudadas rapidamente, ele afirma que é um reflexo dos avanços tecnológicos e não tira a credibilidade da imunização, pelo contrário.

“As pessoas precisam entender que a velocidade não está relacionada a um comprometimento da segurança, nem a um prejuízo da integridade científica. […] Portanto, a velocidade não deve ser interpretada como uma celeridade imprudente que compromete a segurança, eficácia ou integridade científica”, conclui.

Fonte: Business Insider

Colaboração para o Olhar Digital

Wesley Santana é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital