Fiéis companheiras no atual momento de pandemia do novo coronavírus, as máscaras nem sempre oferecem uma proteção 100% efetiva. Agora, a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, criou um sistema que usa inteligência artificial (IA) para determinar a eficácia de cada tipo de acessório para proteção facial. 

Para usar a novidade, é preciso um kit: uma caixa preta, um laser – demonstrado na cor verde – e uma câmera de celular. Por meio de um algoritmo, a IA desenvolvida pela universidade busca apontar quais máscaras e quais materiais são mais seguros ao te proteger de uma possível contaminação. A técnica implementada consiste em calcular o número de gotículas que são expelidas através da máscara durante a fala. 

 

MEC.pngTestes foram realizados em diversos tipos de máscara. Martin Fischer, Duke University

O portador da máscara deve encostar a boca em uma cavidade na parte frontal do protótipo e repetir a sentença “Stay healthy, people”, que significa “Mantenham-se saudáveis, pessoal”. Enquanto isso, a caixa emite um sinal luminoso e o celular realiza a gravação do momento. 

À partir desse momento, o algoritmo consegue calcular a quantidade de partículas expelidas pelo usuário. Só é possível determinar esse número por conta da luz, que fica mais intensa nos pontos onde a saliva entra em contato com a máscara. Isso mostra se ela poderá, ou não, protegê-lo da Covid-19 de forma efetiva. A superfície molhada facilita a entrada do vírus, mostrando que as pessoas que possuem maior taxa de gotículas grudadas são as mais suscetíveis à hospedar o vírus.

Tecnologia

Apesar do projeto parecer ser algo inacessível, seu custo é baixíssimo, se comparado ao nível de gastos com pesquisas e outros estudos. Um pouco menos de US$ 200 são investidos na compra dos materiais e montagem do aparelho. 

Mesmo assim, a Universidade de Duke não recomenda que pessoas tentem realizar os testes por conta própria, devido aos riscos que o laser pode oferecer aos seus olhos, causando danos permanentes se manuseado de forma errada.

O objetivo do estudo é mostrar que as companhias deveriam testar os diferentes tipos de máscara antes de escolher um modelo para iniciar uma produção em massa.

Fonte: TNW