Covid-19: IA é capaz de determinar eficácia de diferentes máscaras

Por meio de um algoritmo, a tecnologia pode calcular quantas gotículas cada tipo de máscara deixa escapar; sistema precisa de uma câmera de celular, uma caixa preta e um laser para funcionar
Redação11/08/2020 14h15, atualizada em 11/08/2020 17h06

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Fiéis companheiras no atual momento de pandemia do novo coronavírus, as máscaras nem sempre oferecem uma proteção 100% efetiva. Agora, a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, criou um sistema que usa inteligência artificial (IA) para determinar a eficácia de cada tipo de acessório para proteção facial.

Para usar a novidade, é preciso um kit: uma caixa preta, um laser – demonstrado na cor verde – e uma câmera de celular. Por meio de um algoritmo, a IA desenvolvida pela universidade busca apontar quais máscaras e quais materiais são mais seguros ao te proteger de uma possível contaminação. A técnica implementada consiste em calcular o número de gotículas que são expelidas através da máscara durante a fala.

MEC.pngTestes foram realizados em diversos tipos de máscara. Martin Fischer, Duke University

O portador da máscara deve encostar a boca em uma cavidade na parte frontal do protótipo e repetir a sentença “Stay healthy, people”, que significa “Mantenham-se saudáveis, pessoal”. Enquanto isso, a caixa emite um sinal luminoso e o celular realiza a gravação do momento.

À partir desse momento, o algoritmo consegue calcular a quantidade de partículas expelidas pelo usuário. Só é possível determinar esse número por conta da luz, que fica mais intensa nos pontos onde a saliva entra em contato com a máscara. Isso mostra se ela poderá, ou não, protegê-lo da Covid-19 de forma efetiva. A superfície molhada facilita a entrada do vírus, mostrando que as pessoas que possuem maior taxa de gotículas grudadas são as mais suscetíveis à hospedar o vírus.

Tecnologia

Apesar do projeto parecer ser algo inacessível, seu custo é baixíssimo, se comparado ao nível de gastos com pesquisas e outros estudos. Um pouco menos de US$ 200 são investidos na compra dos materiais e montagem do aparelho.

Mesmo assim, a Universidade de Duke não recomenda que pessoas tentem realizar os testes por conta própria, devido aos riscos que o laser pode oferecer aos seus olhos, causando danos permanentes se manuseado de forma errada.

O objetivo do estudo é mostrar que as companhias deveriam testar os diferentes tipos de máscara antes de escolher um modelo para iniciar uma produção em massa.

Fonte: TNW


Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital