A Controladoria-Geral de Medicamentos da Índia aprovou, nesta terça-feira (30), a realização de testes clínicos em humanos de uma vacina contra o novo coronavírus desenvolvida no país. Os experimentos, segundo a agência de notícias Reuters, devem ser iniciados em julho.

A pesquisa da Covaxin, como foi nomeada a vacina, é liderada pela farmacêutica Bharat Biotech, em conjunto com o Instituto Nacional de Virologia do Conselho Indiano de Pesquisa Médica. A autorização emitida pelas autoridades sanitárias permite a realização das fases 1 e 2 de testes clínicos.

A primeira etapa conta com poucos participantes e tem como principal objetivo verificar a segurança do composto, isso inclui a observação de efeitos colaterais. Já a fase seguinte visa atestar a capacidade da vacina de promover resposta imunológica do organismo e contempla um número maior de voluntários.

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Pelo menos 566 mil pessoas já morreram em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Imagem: Wikicommons

Caso obtenha sucesso nos dois primeiros ensaios, o imunizante ainda deve passar por um terceiro estágio, o último antes de garantir o registro sanitário. Nesta fase, o composto é aplicado em larga escala e segue metodologias científicas rigorosas. Os cientistas estabelecem grupos de controle e aplicam processos randomizados e duplo-cego – isto é, em que nem o paciente, nem os médicos que participam sabem quais indivíduos receberam a vacina e quais receberam placebo.

Além da Covaxin, mais de 140 imunizantes contra a Covid-19 estão em fase de desenvolvimento, segundo a Organização Mundial da Saúde. Deste grupo, há pelo menos doze vacinas em etapas de ensaios clínicos em humanos.

Uma das mais promissoras é a solução desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, junto ao grupo farmacêutico AstraZeneca. Testado no Brasil, o imunizante já está no último estágio de testes e pesquisadores projetam distribuir a vacina a partir de outubro deste ano.

Coronavírus na Índia e no Brasil

Com uma população de 1,3 bilhão de habitantes, a Índia contabiliza quase 567 mil contaminações e 16,8 mil mortes por Covid-19. Trata-se do quarto maior número de casos da doença no mundo, atrás somente dos EUA, Brasil e Rússia. Como informa a agência de notícias Reuters, na segunda-feira (29), o Ministério da Saúde indiano confirmou aproximadamente 20 mil novas infecções em 24 horas.

Já o Brasil registrou, na segunda-feira (29), 692 óbitos e 24.052 casos, de acordo com balanço diário do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Os números no início da semana costumam ser baixos devido à queda de processamento de exames durante finais de semana. Com isso, o país chegou ao acumulado de 1,36 milhão de contaminações e mais de 58 mil óbitos por Covid-19.

Fonte: G1 ( Via Reuters)