O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), anunciou em coletiva neste sábado (21) a determinação de quarentena no estado para combater a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).
A medida suspende o funcionamento de comércios considerados não essenciais durante o período de 15 dias, que começa na terça-feira (24) e vai até o dia 7 de abril. Doria frisou, no entanto, que este intervalo ainda pode ser ampliado.
O decreto abre exceções para alguns serviços relacionados à saúde, alimentação, limpeza, abastecimento, bancos e segurança, tais como:
- Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias – esta últimas, no entanto, devem funcionar como mini mercados e estão proibidas de servir refeições nos estabelecimentos. Por outro lado, serão permitidas a realizar serviços por entregas. Já restaurantes, bares e lanchonetes devem fechar mas, como as padarias, também podem acolher a recomedação de serviços por entrega.
- Abastecimento: transportadoras, armazéns, postos de combustíveis, oficinas, transporte público, ônibus, trens, metrôs, táxis, aplicativos de transportes, bancas de jornais e pet shops
- Saúde: hospitais, clínicas odontológicas e farmácias
- Segurança: Todos os sistemas de segurança pública e privada continuam a operar. Isso inclui a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e centros de detenção penitenciária.
- Limpeza: Empresas públicas e privadas de serviços de limpeza e manutenção
- Bancos e lotéricas
A medida não afeta indústrias, que poderão continuar funcionando mediante ao acato de recomendações de higiene.
Vítimas em São Paulo
A coletiva foi marcada para a divulgação de novos números da epidemia de coronavírus no estado. Ao todo são 15 óbitos, 396 diagnósticos confirmados e nove mil casos suspeitos da doença. Trata-se de um acréscimo de seis mortes em relação aos balanços anteriores divulgados pela secretaria e pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total de mortos por coronavírus no país chega a 18.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, das seis vítimas fatais contabilizadas, quatro delas eram mulheres com idade superior a 60 anos. Os outros casos correspondem a um homem de 90 anos e outro de 49 anos – este último sofria de tuberculose, uma doença infecciosa que atinge o sistema respiratório.
Questionado sobre a possilidade de colapso no sistema de saúde de São Paulo, Doria negou a hipótese. “Não teremos colapso aqui no estado de São Paulo, nem na prefeitura. Isso posso garantir. Tenho certeza também no âmbito nacional que os governadores e prefeitos não deixarão que haja esse colapso.”, disse o governador.
Fonte: UOL