Consórcio de supercomputadores quer ajudar com tratamento da Covid-19

Projeto capitaneado pela IBM reúne 43 membros, que disponibilizaram uma capacidade de computação combinada de 600 petaflops
Renato Mota16/11/2020 19h53

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A tragédia causada pela pandemia da Covid-19 mobilizou cientistas do mundo todo, numa corrida sem precedentes por um tratamento ou vacina. Uma das iniciativas mais proeminentes foi o “COVID-19 High Performance Computing Consortium” (HPC Consortium), um esforço público-privado para disponibilizar o poder de supercomputação a pesquisadores que trabalham em projetos relacionados ao novo coronavírus.

Lançado em março, o HPC Consortium entrou em uma nova fase de operação, agora focada em ajudar os pesquisadores a identificar potenciais terapias de curto prazo para pacientes já afetados pelo vírus. “Essa transição se deve em parte ao fato de que agora há um volume maior de dados da Covid-19 disponíveis, criando mais possibilidades de ajudar potencialmente os pacientes do que quando o Consórcio foi lançado”, explica a IBM, uma das criadoras da iniciativa.

O HPC Consortium tem 43 membros e recebeu mais de 175 propostas de pesquisa de pesquisadores em mais de 15 países. Para a nova fase, o grupo está interessado em projetos focados em compreender a resposta do paciente ao vírus, validar modelos de resposta à vacina, avaliar terapias de combinação usando moléculas reaproveitadas e construir mapas epidemiológicos.

Nasa/Divulgação

Supercomputador Pleiades, da Nasa, é um dos equipamentos que cintribui com o HPC Consortium. Imagem: Nasa/Divulgação

A rede de supercomputadores da HPC Consortium, que inclui IBM, Nasa, Amazon, Microsoft, Nvidia, Intel, Google e o Laboratório Nacional Oak Ridge do Departamento de Energia dos EUA – possui uma capacidade de computação combinada de 600 petaflops. “Em apenas oito meses, reunimos uma escala sem precedentes de poder de computação para apoiar a pesquisa e dezenas de projetos já utilizaram esses recursos”, afirma Dario Gil, Diretor de Pesquisa da IBM.

Essa união já permitiu que pesquisadores realizassem grandes volumes de cálculos em epidemiologia, bioinformática e modelagem molecular – cálculos que podem levar meses em plataformas de computação tradicionais, ou anos se feitos à mão. Além disso, como os computadores estão disponíveis na nuvem, eles permitem que as equipes colaborem de qualquer lugar do mundo.

Via: Venture Beat

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital