Desde que o coronavírus se espalhou, atingindo quase 21 milhões de pessoas no mundo todo e matando mais de 760 mil, diversos cientistas se aventuraram na busca por uma solução, definitiva ou temporária, para combater a Covid-19. Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCFS) dizem ter criado um inalador antiviral capaz de bloquear o Sars-Cov-2.

Os pesquisadores dizem ter desenvolvido uma molécula que se liga ao vírus e o impossibilitam de infectar as células humanas. Para isso, eles usam um par de nanocorpos, pequenas proteínas, que se agarram à proteína “spike” do coronavírus e a impede de infectar uma nova célula. Por fim, um terceiro nanocorpo impede que a “spike” seja ativada, formando uma espécie de “camisa de força” para o coronavírus.

Indo em outra direção dos principais trabalhos na área, que utilizam anticorpos, a equipe da UCSF acredita que os nanocorpos são uma opção mais realista devido ao seu tamanho inferior. Isso porque eles são mais fáceis de manipular no laboratório e os ajudam a sobreviver ao processo de ser transformado em um aerossol e carregados em um inalador.

O procedimento ainda está passando por testes e, caso seja aprovado, pode ser uma alternativa enquanto as vacinas em desenvolvimento não sejam aprovadas. Segundo os pesquisadores, uma tragada diária do medicamento antiviral poderia manter as pessoas seguras. Este ponto, porém, pode ser um impeditivo ao seu uso pela grande população. Isso porque seu custo pode o tornar inacessível justamente para a população mais vulnerável.

ReproduçãoNanocorpos impedem que coronavírus infecte célula humana. Foto: Reprodução

Enquanto nenhum medicamento ou vacina tenha sua eficácia confirmada, porém, é preciso que as pessoas mantenham os procedimentos de segurança recomendados. O uso de máscara de proteção, evitar aglomerações e a higienização constante das mãos, além de evitar levá-la a boca, olhos e nariz, é, atualmente, o método mais eficaz de fugir da doença.

Tratamento com plasma convalescente

Na última segunda-feira (10), os resultados de um estudo realizado nos Estados Unidos provaram a eficácia do tratamento com transfusões de plasma sanguíneo para infectados pelo coronavírus em estado grave. Feito com plasma convalescente, ou seja, com o plasma de pessoas com a Covid-19, o tratamento é capaz de fornecer anticorpos precisos contra o vírus para pacientes em processo de recuperação da doença.

“Nossos estudos até agora mostram que o tratamento é seguro e, em um número promissor de pacientes, eficaz”, contou James Musser, chefe do Departamento de Patologia e Medicina Genômica do hospital Houston Methodist e um dos principais autores da pesquisa.

Via: Futurism