Brasileiros falam sobre a abertura em países europeus

Roseli Andrion15/06/2020 22h34, atualizada em 15/06/2020 23h12

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Enquanto os números da covid-19 crescem aqui no Brasil, alguns países começam a se declarar quase livres da contaminação pelo novo coronavírus. Por isso, muitas localidades já deixam para trás as medidas mais restritivas.

E quem vive nessas localidades, se sente seguro para sair do conforto do distanciamento social? Conversamos com brasileiros que moram em Londres, na Inglaterra, e em Munique, na Alemanha, para saber qual o sentimento deles nessa etapa da pandemia.

Alice Völtl está bastante confortável com as decisões tomadas pelo governo alemão: desde a forma como a pandemia foi controlada por lá até o momento atual, em que o confinamento começa a ser abandonado. A população atendeu as recomendações das autoridades e tudo foi mantido fechado por mais de dois meses.

Alice conta que um dos filhos já voltou para a escola e que as medidas adotadas têm mantido o ambiente seguro. Ela e o marido têm um bar ao lado do estádio do Munique 1860, um time de futebol muito tradicional da cidade. O local ficou fechado de meados de março até o fim de maio. Agora, reabriu com a adoção de práticas para manter a disseminação do novo coronavírus sob controle.

Na Inglaterra, tudo também começa a voltar à normalidade. As lojas reabriram hoje na capital inglesa – e as filas foram grandes em muitas delas. Moradores de Londres, Carol Gonzaga e Erico Jacobi acreditam que a abertura poderia esperar um pouco mais.

Por lá, algumas unidades escolares retomaram as aulas no início do mês. O casal pretende já mandar as filhas para a escola, mesmo que a atividade por enquanto seja opcional. Um dos motivos é o fato de acreditarem que toda a família já teve covid-19.

Isso porque Erico é enfermeiro do Sistema Nacional de Saúde, o SUS britânico, e, mesmo durante o distanciamento social, fez plantões presenciais. Com isso, ele acabou infectado pelo novo coronavírus. Os sintomas de Erico foram leves, mas um teste sorológico constatou a presença de anticorpos depois que ele se recuperou.

A família costuma vir ao Brasil pelo menos uma vez por ano e já tem passagens compradas para outubro. Agora, o casal repensa a data da viagem. Tudo depende do que vai ocorrer nos próximos meses.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital