A Organização Mundial da Saúde liberou o teste em animais para duas candidatas a vacinas no combate do novo coronavírus: uma fabricada pela Universidade de Oxford e outra pela Inovio Pharmaceutical. Agora, a Agência Nacional de Ciências da Austrália (CSIRO) vai analisar se elas funcionam e são seguras para os seres humanos.

Os primeiros testes já aconteceram nos Estados Unidos, no entanto, foram feitos diretamente em humanos, excluindo a etapa testada em animais. Vale lembrar que cada país possui uma regulamentação diferente sobre essa prática.

A agência iniciou seus testes em furões, que comprovadamente também contraem o novo coronavírus. A fórmula desenvolvida pela Universidade de Oxford é de uma vacina de vetor, que usa um vírus sem habilidade de se replicar para introduzir as proteínas do coronavírus no sistema imunológico do paciente e induzir uma resposta.

“Normalmente, são necessários de um a dois anos para chegar a esse ponto e, de fato, reduzimos isso para um período de alguns meses”, disse Rob Grenfell, da CSIRO. Segundo destacou, foi preciso cooperação global para atingir o estágio atual.

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Já a vacina sugerida pela Inovio Pharmaceutical foi projetada para codificar certas proteínas do Sars-Cov-2 no sistema imunológico, fazendo com que as células do corpo se protejam antes de ser afetado por ela. “É muito importante adotar uma abordagem multifacetada para isso para ter a melhor chance de sucesso”, afirmou Trevor Drew, diretor do Laboratório de Saúde Animal da Austrália, onde ocorrem os testes.

 

Segundo os cientistas, os primeiros resultados podem ser revelados em junho. Se bem-sucedidas, as vacinas podem passar para fase de ensaios clínicos, o que pode acelerar o processo. Porém, é esperado que demore pelo menos 18 meses para que as vacinas sejam aprovadas pelos padrões e testes regulatórios.

Apesar da espera, Grenfell afirma que está otimista em relação ao sucesso das vacinas. “Está é uma verdadeira colaboração entre os setores acadêmico, público e também privado para, de fato, alcançar sucesso neste momento”, declarou.

Via: BBC