CES 2020: Usuários poderão limitar alcance das conversas no Twitter

Em breve, a rede social permitirá aos usuários escolher quem pode - e não pode - responder diretamente às postagens feitas na plataforma. Ideia é diminuir o assédio online
Renato Mota09/01/2020 14h30

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Frequentadores do Twitter sabem bem que discussões da plataforma podem tomar rumos bem acalorados. E dependendo da proporção que o debate tomar na rede, não é raro que o alcance das postagens saia do controle do usuário, e a coisa toda descambe em perseguição e assédio. Pensando nisso, a empresa passará a permitir que as pessoas possam regular quem pode ou não responder aos seus tweets.

O anúncio foi feito num evento reservado à imprensa na última quarta-feira (8), durante a CES 2020, em Las Vegas. Os usuários poderão escolher entre quatro opções: Global (todos podem responder), Group (pessoas que você segue ou menciona), Panel (pessoas mencionadas na mensagem) e Statement (sem respostas).

A ideia é também facilitar o acompanhamento das conversas. Com as respostas limitadas a um grupo específico de contas, os usuários eliminam toda conversa paralela que não necessariamente agrega à discussão.

A medida, entretanto, pode limitar o debate e criar bolhas – principalmente em postagens de figuras públicas. De acordo com o site The Next Web, a diretora de gerenciamento de produtos do Twitter, Suzanne Xie, afirmou que usuários que não estejam dentro do grupo permitido para respostas ainda poderão fazer retweets citando aquela mensagem específica.

Como o próprio The Next Web ressalta, a medida tenta resolver um problema, mas só atinge parte dele. Retweets com citação são o principal combustível de muitas das polêmicas da rede, uma vez que a mensagem fica visível para todos os que seguem o usuário que fez a ação – e em muitos casos pode tirar a conversa de contexto.

Segundo o site CNET, o chefe de produtos da empresa, Kayvon Beykpour, disse que esses problemas estão sendo considerados durante a fase de testes. “Há sutilezas em como implementamos isso, que eu acho realmente importantes”, disse Beykpour.

Via The Next Web/CNET

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital