É bem óbvio que a próxima grande aposta da indústria de tecnologia é a integração de assistentes virtuais na sua casa. Caixas de som, televisões, geladeiras e outros objetos integrados com inteligências artificiais como Cortana, Siri, Google Assistente e Alexa são a marca desta edição da CES. E mais uma prova foi dada pelo Google ao anunciar uma nova plataforma para a sua assistente chamada Smart Display.
Até hoje, a assistente do Google existia apenas no formato de áudio, em pequenas ou grandes caixas de som equipadas com internet e microfones para permitir uma comunicação em duas vias. Com o Smart Display, a assistente também passa a exibir informação de uma maneira visual.
É natural imaginar o Smart Display como um tablet rodando Android criado para ser fixado em algum ponto de sua casa, mas não é exatamente isso. Trata-se de uma interface de voz, e não de toque, capaz de exibir informações visuais, o que é de grande ajuda em casos como obter direções pelo Google Maps ou ver receitas. O aparelho será capaz de exibir algumas informações em forma de card, fazer buscas na internet e está integrado ao universo de serviços da empresa – semelhante ao Google Assistente rodado nos smartphones.
O sistema operacional também não é o Android propriamente dito. Trata-se, na verdade, do Android Things, uma variação do sistema operacional do Google para objetos conectados, criado para a internet das coisas.
A ideia do Google não é exatamente nova, no entanto. A empresa claramente deseja se posicionar contra o avanço da Alexa da Amazon, que já está presente no aparelho Echo Show, que é basicamente um Smart Display da Amazon.
Os primeiros Smart Display devem ser lançados no final do ano por intermédio da Lenovo, sendo que estarão disponíveis dois modelos: um de 8 polegadas com resolução HD e outro de 10 polegadas com resolução Full HD; além disso, o assistente será alimentado por um chip Qualcomm Snapdragon 624 com 2 GB de RAM e 4 GB de armazenamento.