Empresa mostra pilha AA ‘eterna’ que se recarrega pelo ar

Renato Santino11/01/2018 23h58

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O sonho da eletricidade sem fios já vem da era do físico Nikola Tesla, mas ninguém até hoje conseguiu uma forma viável e segura de colocar esse sonho na prática. Durante a CES 2018, uma empresa Ossia demonstrou uma nova abordagem dessa proposta ao revelar pilhas que conseguem se carregar a partir do ar para funcionar, em teoria, eternamente.

A Ossia é uma empresa que produz uma tecnologia de recarga sem fio chamada Cota, que consiste em duas partes: um transmissor de radiofrequência e um receptor acoplado a algum dispositivo, que transforma esse sinal em energia para recarga de baterias. O Gizmodo nota que deve demorar um pouco para vermos isso aplicado a algum produto do nosso cotidiano, justamente porque os celulares e tablets que usamos rotineiramente precisariam ter a antena da Ossia embutida, e isso não deve acontecer tão cedo. Uma outra opção seria o uso de uma capinha específica, que é excessivamente volumosa e pouco prática.

O que a empresa tem de interessante e pronto para uso no mundo real são as pilhas Cota Forever Battery. São pilhas no formato AA que parecem comuns, mas que possuem a antena da Ossia embutidas, de forma que conseguem ser carregadas por meio do transmissor da companhia. Isso significa que, na teoria, você poderia deixar o equipamento conectado a uma tomada no canto da sala e nunca mais se preocupar em trocar as pilhas de quaisquer produtos que você tenha na sua casa.

Isso pode incluir, por exemplo, o seu mouse sem fio, um controle de Xbox One, o controle remoto da sua TV e outros equipamentos que você venha a usar na sua casa que venham a depender de uma fonte de energia interna. Uma outra vantagem é que o formato de pilhas AA é conhecido por qualquer pessoa, mesmo sem qualquer conhecimento de tecnologia, então sua adoção seria bastante simples.

No entanto, a tendência é que essa realidade ainda esteja longe de se concretizar, porque a Ossia ainda não vende os transmissores, que hoje são pequenos o bastante para ficarem no teto de forma discreta, para o consumidor final. A tendência é que as pilhas eternas possam levar a empresa a acelerar a adesão da eletricidade sem fio, mas só o tempo vai dizer.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital