Casas cada vez mais inteligentes em 2020

Ainda incipiente no Brasil, mercado de smart home deve ter um ano de transformação e crescer mais de 40% no país
Liliane Nakagawa10/02/2020 18h12

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Provavelmente você já ouviu falar em Internet das Coisas (IoT), casas inteligentes e objetos conectados, todas tecnologias que entraram de vez no mercado nacional. Entre elas, os dispositivos que tornam as casas conectadas, por exemplo, farão cada vez mais parte da realidade dos brasileiros. Segundo dados da empresa Statista, o mercado brasileiro de Smart Home B2C deve crescer em torno de 40% em 2020 em comparação a 2019. Na prática, significa que veremos cada vez mais produtos sendo lançados pelos fabricantes e novos consumidores dessas soluções.

Pesquisas de mercado indicam que conforto e segurança são os aspectos que mais mobilizam usuários em direção à Internet das Coisas no segmento de casa inteligente. Seja em residências, pequenos estabelecimentos comerciais ou espaços para home office, os usuários podem unir tecnologia, eficiência e praticidade para controlar objetos por meio do celular ou comando de voz. Têm a chance de observar ambientes internos à distância e economizarem na conta de luz. Conseguem produtos adaptados à realidade brasileira, fáceis de instalar e com preços acessíveis.

Aliado a esse contexto, vale destacar também a tendência do brasileiro por adotar novidades tecnológicas e o reaquecimento da atividade econômica. Dessa forma, acreditamos que lâmpadas, plugues, câmeras inteligentes, sensores de presença, controle remoto universal, fechaduras e porteiros eletrônicos serão cada vez mais comuns. O mercado de IoT para casas ainda é incipiente no Brasil, mas o cenário indica que se trata de uma categoria bastante promissora.

Para entender a origem do meu otimismo basta olhar para 2019. Foi um ano representativo para empresas de tecnologia que investiram em Internet das Coisas (IoT) no país. Ao mesmo tempo que lançavam dispositivos conectados e ensinavam tecnologia à maioria das pessoas, viram crescer o interesse do público. Parcerias importantes foram estabelecidas, especialmente em relação às plataformas com assistentes de voz da Amazon e Google. Também foi marcante a adesão de redes de varejo, magazines e home centers, que, além de venderem as soluções com pagamentos facilitados, permitiram que mais pessoas aprendessem a usar e se encantar com os benefícios oferecidos pelos dispositivos.

Estamos vivendo apenas a primeira etapa de “inteligentização” dos objetos. Em 2020, essa onda será ainda maior. Transformar geladeiras, televisores e cafeteiras, por exemplo, em objetos conectados e leva-los para as casas das pessoas é apenas o passo inicial de uma jornadaque tem como objetivo final simplificar o dia a dia das pessoas.

No Brasil, assim como no resto do mundo, há dois grandes desafios a serem vencidos a fim de potencializar o avanço de IoT para casas inteligentes. Um é o próprio desenvolvimento tecnológico, que passa pelo rápido aperfeiçoamento de algoritmos de aprendizado de máquina e a integração devários dispositivos e serviços. O outro envolve custos com intuito de implementar algoritmos em larga escala para então usar a inteligência artificial de forma efetiva.

Neste contexto, o desafio da indústria e do ecossistema da casa inteligente será reunir esforços para aumentar o impacto e concluir essa onda em 2020. Conectividade e dispositivos baseados em IoT serão ubíquos. As próximas etapas

tornarão esses objetos conectados mais responsivos e adaptáveis às particularidades dos usuários por meio de inteligência artificial.

Antes restrito ao mundo dos integradores de TI e instaladores profissionais, as soluções de IoT para segurança e automação residenciais tornaram-se acessíveis e entraram em novo ciclo de utilização.Em 2020, a democratização dos dispositivos, aliada à integração de algoritmos, fará com que as casas de milhares de brasileiros sejam definitivamente mais inteligentes.

Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital