O ‘novo normal’ e o futuro da cibersegurança

Mudanças na rotina de trabalho passaram a exigir um planejamento maior para manter a segurança de colaboradores e informações sigilosas nas empresas
Liliane Nakagawa11/08/2020 12h44

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Não é novidade que o setor de cibersegurança como um todo foi afetado pela pandemia do novo coronavírus. Diante de um cenário completamente inédito, a maioria das empresas do setor de tecnologia precisou passar por adaptações, e a principal delas foi a implementação do teletrabalho. A nova rotina foi ainda mais difícil para pequenas e médias empresas, que não estavam preparadas para passar por tantas transformações. Algumas chegaram a ficar um tempo sem funcionar, outras permanecem inativas, para que as mudanças possam ser aplicadas. 

Ainda que a passos lentos, setores como o de vendas online, especialmente voltados para aquisição de produtos para proteção de dispositivos domésticos e corporativos, passa por um crescimento significativo nesses últimos meses, em decorrência das demandas que os colaboradores possuem para exercer o home office de forma segura. E, assim como as empresas precisaram se adaptar ao “novo normal”, os cibercriminosos aproveitam o momento para mudar as estratégias de ataques.

Ao longo desse período de isolamento social, vimos um grande número de campanhas de phishing, inclusive utilizando grandes marcas de cerveja, instituições financeiras e até mesmo o golpe que fraudava cadastros de possíveis beneficiários do auxílio emergencial do governo. Além disso, apps maliciosos também foram descobertos, se passando por aplicações legítimas para fazer vítimas de diferentes formas. 

Nem celebridades e figuras de renome escaparam dos ataques cibernéticos. No mês passado, perfis verificados no Twitter foram invadidos e tiveram mensagens com pedidos de transferência de bitcoins postadas na linha do tempo. A ação rendeu, em pouco mais de 5 horas, cerca de R$ 600 mil em bitcoins e fez com que até o FBI entrasse na investigação de como isso havia acontecido e quem eram os responsáveis. 

E, justamente por compreender que estamos atravessando um momento totalmente particular e sem precedentes, é que acredito que precisamos estar, como empresa, à disposição para ajudar a todos, parceiros e clientes, a passar por esse período da forma mais segura possível. 

Neste sentido, é fundamental passar por adequações para a realização de um home office seguro e investir em soluções para os dispositivos que estão sendo utilizados pelos colaboradores dentro de casa, especialmente quando se faz necessário o acesso remoto a muitas informações e dados sigilosos da corporação. Em outras palavras, é preciso pensar, com ainda mais ênfase, sobre a cibersegurança, especialmente agora que vivemos uma transformação global a nível de tecnologia.

Além disso, fornecer meios para manter a equipe de TI da empresa sempre atualizada sobre os últimos acontecimentos na área e conscientizar todos os colaboradores, sem distinção de setor, sobre cibersegurança também são duas outras formas de evitar esses tipos de ataques, cada dia mais recorrentes. 

O que posso trazer de exemplo é que, mesmo que não tenhamos criado um produto exclusivo para o home office, uma das ferramentas que mais ajuda nesse momento é o duplo fator de autenticação, solução oferecida pela ESET a nível doméstico e corporativo. Durante esse período, foram diversas as campanhas direcionadas para auxiliar clientes e parceiros, incluindo a liberação de versões de teste de três meses para ferramentas de proteção, como antivírus, por exemplo.

Tendo em vista o atual panorama em que estamos inseridos, não resta dúvidas de que é preciso, cada vez mais, unir forças e conhecimentos para fornecer um ambiente de trabalho confortável e, principalmente, seguro. Assim, podemos enfrentar com muito mais tranquilidade as mudanças pelas quais estamos passando, reinventando a tecnologia ao mesmo tempo em que somos reinventados por ela.


Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital