Série da semana: Hip Hop Evolution

Com episódios curtos, vale ver desde o começo; para quem já conhece a série, vale rever as duas primeiras temporadas para ganhar embalo para a terceira, estreia recente da Netflix
Redação30/09/2019 21h02

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Hip-Hop Evolution se apresenta de cara como uma série fácil de acompanhar. São apenas quatro episódios em cada temporada, durando cerca de 45 minutos. A ideia é mostrar com didatismo e muitas entrevistas os principais artistas e movimentos do estilo musical de LL Cool J, 2 Live Crew, Tupac Shakur, entre muitos outros. 

Há vertentes para todos os gostos, do mais melodioso ao mais violento, incluindo o Gangsta Rap. Já que são episódios curtos, vale ver desde o começo, ou, para quem já conhece a série, vale rever as duas primeiras temporadas para ganhar embalo para a terceira, estreia recente da Netflix.

O primeiro episódio é tão chamativo que estranhamos ter surgido só na terceira temporada. Fala da lendária briga entre a costa oeste e a costa leste pela supremacia do hip-hop. Era um estilo nascido nas ruas de Nova York, portanto, novaiorquinos se sentiam donos da cena. 

Rolava, obviamente, um pouco de ciúme, mas também algum despeito pela qualidade do que vinha do outro lado do país, suficiente para uma boa competição. A coisa, contudo, se agrava quando entram em cena dois pesos pesados do rap, Notorious B.I.G., ou Biggie (da costa leste) e Tupak Shakur (nascido em Nova York mas radicado na costa oeste), grandes amigos que se tornaram rivais (ambos seriam assassinados, em meados dos terríveis anos 1990).

O segundo episódio é uma continuação. Uma vez que a metade final do primeiro centra-se nos eventos que levaram à morte de Tupac, incluindo sua ida à gravadora Death Row, o segundo foca no lado leste, na morte de Biggie (uma vingança, provavelmente) e na passagem de cetro para Puff Daddy e Jay-Z. O impacto já não é o mesmo, pois mostra um lado querendo renascer das cinzas. Mas a música continua forte.

O terceiro episódio foca nos novos estilos após a rixa, incluindo Eminem e Mos Def. O quarto mostra a cena do sul, sobretudo de Atlanta, lar do TLC, de CeeLo Green, Outkast, Kilo Ali e Kris Kross. Tanta coisa que esse quarto episódio parece um pouco apertado. Poderia ter sido tranquilamente dividido em dois. Ou seja, uma das virtudes da série, sua curta duração, no fim se torna uma relativa fraqueza, pois queremos mais de alguns temas.

Para quem vive de hip-hop, provavelmente a série apresenta pouco. Para quem gosta e precisa conhecer mais, mesmo com o gostinho de quero mais é um banquete e tanto. Mas quem torce o nariz devia conferir também. Quem sabe não muda de ideia.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital