Os 15 melhores filmes ganhadores do Leão de Ouro de Veneza

Redação01/09/2019 16h33

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Aproveitando que está em curso o segundo maior festival internacional de cinema, o 76º Festival de Veneza, pensamos numa lista com os 15 melhores filmes entre os ganhadores do Leão de Ouro, prêmio concedido desde 1949. Bem, são 16, considerando que aproveitei o empate deles para criar um empate aqui na lista também. 

Antes, duas observações são necessárias, uma subordinada à outra. Entre 1969 e 1979, não houve atribuição de prêmios. No retorno, em  1980, o Festival já se encontra enfraquecido e voltado ao mercado, como todos os outros, ainda que se segure razoavelmente bem nos anos 1980, principalmente pelas premiações de Godard, Varda, Wenders e Rohmer.

15. O Círculo (Jafar Panahi, 2000)

É o melhor filme de Panahi, uma dura crítica ao patriarcado iraniano.

14. Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos (Alexander Kluge, 1968)

Longa belíssimo e hermético de Kluge, sua premiação foi responsável pela suspensão do Leão de Ouro por onze edições. A decisão sinaliza o início da decadência do festival.

13. Rashomon (Akira Kurosawa, 1951)

A redescoberta do cinema japonês no ocidente é também a cristalização da busca por uma plasticidade no cinema de Kurosawa.

12. O Invencível (Satyajit Ray, 1957)

Segundo longa do genial diretor indiano e segundo da prestigiada Trilogia de Apu (1955-1959).

11. Hana-Bi: Fogos de Artifício (Takeshi Kitano, 1997)

Kitano diretor confirma sua melhor fase, após o inesquecível Sonatine, com uma das suas melhores interpretações como ator (codinome: Beat Takeshi).

10. Em Busca da Vida (Jia Zhangke, 2006)

Personagens à deriva numa China modernizada e entregue a uma desumanização. Um dos filmes mais poéticos da década passada.

09. Sem Teto Nem Lei (Agnès Varda, 1985)

Sandrine Bonnaire brilha neste drama sobre uma jovem desestruturada e desamparada num inverno rigoroso.

08. O Estado das Coisas (Wim Wenders, 1982)

A câmera como arma, o artista como instrumento de revolta. A arte como mecanismo de destruição da ignorância. 

07. Carmen, de Godard (Jean-Luc Godard, 1983)

Godard já muito distante dos seus tempos de Nouvelle Vague, mas ainda muito próximo da invenção.

06. A Bela da Tarde (Luis Buñuel, 1967)

Catherine Deneuve, Michel Piccoli e Pierre Clementi em mais um filme provocador e genial de Buñuel. O que tem naquela caixinha? “O que você quiser”, responde o diretor espanhol.

05. O Ano Passado em Marienbad (Alain Resnais, 1961)

O cinema da memória e do movimento encontra neste segundo longa de Resnais sua mais perfeita materialização.

04. O Raio Verde (Éric Rohmer, 1986)

A arte de Rohmer é assim: vai se impondo aos poucos, e quando menos esperamos, lágrimas correm de nossos olhos.

03. Vive L’Amour (Tsai Ming Liang, 1994)

Este que é o mais belo filme do malaio Tsai Ming Liang dividiu o Leão de Ouro de 1994 com o terrível Antes da Chuva, de Milco Manchevski.

02. Dois Destinos (Valério Zurlini, 1962) / A Infância de Ivan (Andrei Tarkovski, 1962)

A obra-prima de Zurlini, e também um dos filmes mais comoventes da história do cinema, divide o prêmio máximo com a estreia em longas do grande Tarkovski. Empate para crítico nenhum botar defeito, embora o filme de Zurlini chegue mais perto da perfeição.

01. A Palavra (Carl Theodor Dreyer, 1955)

Após ver este filme, um ateu se converte ao cristianismo, tamanha a força das imagens buriladas com raro esmero por Dreyer, diretor que influenciou Tarkovski, Bergman e muitos outros.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital