Os 14 melhores entre os melhores filmes segundo o Oscar

Uma retrospectiva com os premiados a melhores filmes que considero obras-primas
Redação10/02/2020 06h02

20200203030818

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A premiação de “Parasita” vem salvar o Oscar de uma sequência de filmes vencedores, mas não realmente merecedores do maior prêmio da noite. No passado, algumas obras-primas já foram coroadas pelo Oscar, merecidamente, ainda que em número bem inferior ao de filmes fracos ou terríveis.

Para celebrar a premiação de um bom filme, para variar, montamos uma lista com as 14 obras-primas que localizamos entre todos os premiados com a estatueta de melhor filme, desde o início das premiações.

Alguns filmes excelentes (sobretudo dos anos 1970 para trás, quando os indicados tinham nível muito melhor) foram premiados e não constam nesta lista. Por um único detalhe: são excelentes, mas não chegam a ser obras-primas.

Concorda? Discorda? Seja livre para mandar suas escolhas.

(em ordem cronológica)

Do Mundo Nada se Leva (Frank Capra, 1938)

Comédia que nos faz terminar a projeção com um sorriso indisfarçável no rosto.

Rebecca (Alfred Hitchcock, 1940)

Primeiro filme de Hitchcock nos EUA, numa união atribulada e muito talentosa com o poderoso David O. Selznick.

Como Era Verde o Meu Vale (John Ford, 1941)

Um dos filmes “de esquerda” de John Ford, o diretor dos diretores. Tente ver e não se emocionar.

A Malvada (Joseph L. Mankiewicz, 1950)

“Crepúsculo dos Deuses” era ainda melhor, mas não se pode diminuir as inúmeras qualidades deste filme marcante.

Sinfonia em Paris (Vincente Minnelli, 1951)

Um dos melhores musicais de todos os tempos, dirigido por um dos maiores diretores de todos os tempos. Inesquecível é pouco.

A Ponte do Rio Kwai (David Lean, 1957)

Começa aqui a virada épica na carreira deste diretor talhado para filmes grandiosos e muito belos.

Se Meu Apartamento Falasse (Billy Wilder, 1960)

Wilder, amaldiçoado em Hollywood por “Crepúsculo dos Deuses”, dá a volta por cima, dez anos depois, com esta comédia romântica exemplar.

My Fair Lady (George Cukor, 1964)

Filmaço de mestre Cukor, de um período em que sua carreira já se encontrava em declínio.

A Noviça Rebelde (Robert Wise, 1965)

Tido como um exímio montador, mas como um diretor limitado, este filme inesquecível mostra que Wise era também um grande cineasta.

O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)

Coppola arromba as portas de Hollywood e surpreende a todos com esta saga, baseada em livro de Mario Puzo, que sofreu muitos problemas de produção e se ergueu majestosamente.

O Poderoso Chefão Parte 2 (Francis Ford Coppola, 1974)

A continuação da saga iniciada dois anos antes, agora com um diretor mais seguro, ciente de sua posição de prestígio justamente alcançada,

O Franco Atirador (Michael Cimino, 1978)

O filme definitivo sobre a Guerra do Vietnã, e aquele que colocou no mapa o grande Cimino, após uma estreia já promissora.

Os Imperdoáveis (Clint Eastwood, 1992)

Clint Eastwood faz renascer sua carreira, o western e o cinema de autor em Hollywood, tudo numa tacada só.

Menina de Ouro (Clint Eastwood, 2004)

E o mesmo Eastwood volta, doze anos depois, com a última obra-prima premiada com o Oscar de melhor filme. Quando teremos outra?

* Sérgio Alpendre é crítico e professor de cinema

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital