Nova série da Marvel vai brincar com finais diferentes para histórias

Redação09/09/2019 16h33, atualizada em 09/09/2019 22h00

20190909013551

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email
Megaprojetos

A Marvel anuncia, para estreia no streaming da Disney em 2021, uma série animada baseada nos quadrinhos What If…?, imaginando diferentes possibilidades de histórias caso algumas coisas não tivessem acontecido, ou ocorressem de outra maneira. E se…? seria a tradução ideal, embora não tão chamativa dizendo assim, sem a continuação.

A ideia difere levemente das tentativas de interação com o leitor feitas principalmente pelos gibis desde os anos 1950 (do tipo: “se preferir que ela aceite o convite, fique onde está, se escolher que ela recuse, pule para a página 50”). Essa ideia, aliás, está em plena execução no sensacional dístico Smoking/No Smoking (1994), do cineasta francês Alain Resnais, que imagina diversas possibilidades de bifurcações da história a partir do momento em que a personagem de Sabine Azema decide ou não acender um cigarro.

A questão, em What If…?, é imaginar, por exemplo, “E se Wolverine tivesse matado o Hulk?”, num crossover entre os X-Men e a Marvel. Ou “E se o Homem-Aranha se juntasse aos Quatro Fantásticos?”, de acordo com o tema do primeiro número, publicado em fevereiro de 1977.

Isso mesmo, 1977. A maior parte dos fãs do Universo Cinematográfico Marvel não havia nascido nesse ano, mas foi quando as séries começaram, imaginando diversas possibilidades paralelas com os personagens da Marvel. Há, por exemplo, especulações diversas sobre esse personagem carismático, o Homem Aranha, que provavelmente ficará de fora da série por causa do desacerto com a Sony, detentora dos direitos para o audiovisual. Será um terrível desfalque.

A primeira série produziu 47 edições até outubro de 1984. Uma edição independente foi lançada com o Homem de Ferro como um traidor, em 1988. A segunda série vai de julho de 1989 a novembro de 1998 e conta com 114 números. Ainda surgiram várias outras séries, indo até o número 13, mas muitos aficionados dizem que as duas primeiras séries são muito mais valiosas em termos de qualidade artística (o cinema da Marvel ainda está atrás dos quadrinhos nesse quesito).

Apesar de ser uma prática comum em Hollywood (e na indústria do entretenimento em geral) requentar seus produtos desavergonhadamente à procura de lucros, essa multiplicidade de derivações é interessante, porque nos leva a lidar com esse universo de uma maneira lúdica e sempre divertida. Como por exemplo os Vingadores Zumbis, a partir de uma das mais populares histórias What If…?, que na verdade incluia o Quarteto Fantástico e os X-Men, que infelizmente ainda estão fora do UCM.

É uma ideia boa até mesmo para filmes em live-action. Tudo indica, aliás, que as animações funcionem como termômetro para ver se vale a pena investir muito mais dinheiro em outro tipo de adaptação. Será em paralelo, obviamente, pois algumas coisas só podem ser feitas em animações, e esse formato normalmente é favorecido em adaptações de quadrinhos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital