Guia para a filmografia de Woody Allen (parte 6)

O lado eclético do renomado diretor tem produção de todos os tipos e para todos os gostos
Redação05/12/2019 07h28

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Parte 6: O eclético

Nesta lista, filmes muito bons que não foram contemplados em nenhuma outra lista, seja por não figurarem tão bem em nenhuma delas, seja por apresentarem uma faceta mais híbrida, que se desloca naturalmente por várias áreas de interesse do diretor, da homenagem a Hitchcock à comédia de assalto, aos filmes de trambique e a uma deliciosa sátira aos filmes de gangsters. Tem de todos os tipos e para todos os gostos. 

Com esta lista, a única que não se limitou a cinco títulos (devido ao seu caráter completista), fechamos o guia para um mergulho na filmografia do diretor. Nem todos os filmes são ótimos, mas nenhum importante ficou de fora. O que não estiver nesta ou em alguma outra lista, o leitor/espectador terá de ver por sua conta e risco.

(em ordem cronológica)

Interiores (1978)

Mais importante como exercício no drama bergmaniano do que por suas qualidades artísticas. Em todo caso, é melhor que outros dramas do diretor, como Setembro ou Blue Jasmine(um de seus filmes mais superestimados, aliás).

Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão (1982)

Se houvesse uma lista para o Allen bergmaniano, ela teria de contar com muitos filmes, mas este, sem ser necessariamente o melhor, talvez seja o mais bergmaniano. Curiosamente, pega uma faceta mais leve de Bergman, justamente aquela farsesca, de Sorrisos de uma Noite de Amor (1955).

Broadway Danny Rose (1984)

Sátira bem divertida aos filmes de gangsters, com Allen arrebentando no papel principal. Um dos filmes mais injustiçados do diretor, talvez por se disfarçar de pequeno divertimento em preto e branco, mas também por estar ensanduichado entre os mais atraentes Zelig e A Rosa Púrpura do Cairo.

Maridos e Esposas (1992)

A câmera tremida de Allen (para lembrar um mau programa de TV), é muito mais rigorosa e inteligente do que 99,9% das câmeras tremidas dos filmes atuais.

Misterioso Assassinato em Manhattan (1993)

Após a crise do relacionamento com Mia Farrow, Allen volta a filmar com Diane Keaton neste delicioso thriller hitchcockiano que envolve assassinato na vizinhança.

Todos Dizem eu Te Amo (1996)

Musical original e agradável em que a maior influência parece ser mais Resnais do que os diretores habituais. É também o filme mais francês de Allen até então.

Os Trapaceiros (2000)

Para roubar uma joalheria, Allen e seus comparsas abrem uma doceira para vender bolinhos. O que acontece está quase à altura de um Mario Monicelli. Na época, Allen era combatido pelos críticos, que o viam como um cineasta em baixa. Mas tem sido assim sempre, não? É o ônus de quem produz um filme por ano. Nunca terá uma regularidade.

O Escorpião de Jade (2001)

Outro filme subestimado que envolve roubo, manipulação e hipnose. Envolve também cenas muito bem realizadas e um elenco de peso.

Match Point (2005)

Filme que inaugura a fase conhecida como inglesa, em que Allen trabalhou com Scarlet Johansson e com tramas mais próximas de um suspense. Este é mais um filme que cresce na revisão. Mas ao contrário de vários outros do diretor, Match Point foi bem recebido pela crítica na época.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital