Continuando a saga pelos catálogos das plataformas de streaming, é a vez da mais famosa de todas elas, a gigante Netflix. Por mais que reclamamos da fragilidade do catálogo, ele é tão grande que é possível encontrar muitos bons filmes.
Vamos, então, a alguns deles, lembrando sempre que o novo pode estar naquilo que muitos consideram antigo, e que as pérolas podem estar escondidas. Lembrando também que a opção “Títulos Semelhantes” que a Netflix coloca geralmente é fria.
A Vida de Brian (Terry Jones, 1979)
Da trupe mais famosa do humor inglês, Monty Python, este é o melhor longa. Brian é confundido com Jesus já no seu nascimento. A partir daí o grupo inventa uma série de piadas que se acumulam provocando um mar de gargalhadas.
Gostou? Experimente o outro longa deles, “Monty Python e o Cálice Sagrado” (1975)
Um Príncipe em Nova York (John Landis, 1988)
Clássico da comédia oitentista americana, um dos maiores filmes de Landis e um dos maiores com o genial comediante Eddie Murphy, aqui como um príncipe que se disfarça de comum para ser amado pelo que é, não por suas posses.
Gostou? Experimente “Meu Nome é Dolemite” (2019), o retorno bem sucedido de Murphy.
Caçadores de Emoção (Kathryn Bigelow, 1991)
Melhor filme da oscarizada Bigelow e um dos grandes policiais dos anos 1990. É sobre um policial (Keanu Reeves) que se infiltra numa gangue de surfistas que assalta bancos comandada por Patrick Swayze.
Gostou? Experimente “Loving You” (1995), de Johnnie To.
Jovens, Loucos e Rebeldes (Richard Linklater, 1993)
Classificado como besteirol, é na verdade um dos grandes filmes sobre o final da adolescência e os anseios desse período em que estamos prestes e entrar no período das grandes responsabilidades.
Gostou? Experimente rever “Clube dos Cinco” (1985), o filme mais famoso de John Hughes, também sobre jovens loucos e rebeldes.
A Fantástica Fábrica de Chocolate (Tim Burton, 2005)
Fantasia musical em que Burton relê com muito talento o clássico das Sessões da Tarde dos anos 1980 (mas realizado em 1971). Burton consegue a proeza de ser no mínimo tão bom quanto o original, e traz Johnny Depp em uma de suas últimas boas atuações.
Gostou? Experimente “Grandes Olhos” (2014), o último bom filme de Burton.
A Casa do Lago (Alejandro Agresti, 2006)
Uma história de amor quase impossível, com Keanu Reeves, Sandra Bullock e a direção impecável do argentino Agresti, em sua incompreendida incursão hollywoodiana. É na verdade uma obra-prima.
Gostou? Experimente outra história de amor quase impossível: “Como Se Fosse a Primeira Vez” (Peter Segal, 2004).
Match Point (Woody Allen, 2006)
Muito falado na época de seu lançamento, é um filme que cresce na revisão e se confirma como a volta de Allen à sua melhor forma. Marca o início de sua breve fase inglesa, da qual o melhor filme é “O Sonho de Cassandra”.
Gostou? Experimente “Sob o Domínio do Mal” (2004), um dos melhores filmes de Jonathan Demme.
Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2014)
Filme distópico e extremamente crítico ao que o Brasil já estava se tornando em 2014, uma presa fácil para ideologias fascistas.
Gostou? Experimente “Temporada” (2018), de André Novais Oliveira.
O Apóstata (Federico Veiroj, 2015)
Longa espanhol do talentoso cineasta uruguaio Veiroj (dos belos “Acne” e “A Vida Útil”), faz rir e pensar na história de um jovem que pretende renunciar ao catolicismo.
Gostou? Experimente o mais recente de Veiroj dentro do catálogo da Netflix, “Belmonte” (2018).
Quase 18 (Kelly Fremon Craig, 2017)
Nasce uma estrela: Hailee Steinfeld. Essa atriz de imenso carisma vive uma adolescente enciumada porque sua melhor amiga começa a namorar seu irmão mais velho.
Gostou? Experimente “Califórnia” (2015), de Marina Person.
* Sérgio Alpendre é crítico e professor de cinema