Em 30 de agosto é a vez da bela Cameron Diaz completar 47 anos. A atriz foi revelada por seu papel em O Máskara (Chuck Russell, 1994), no qual contracenava com Jim Carrey. No ano seguinte, fez o cult O Último Jantar (Stacy Title, 1995), comédia de humor negro que está entre seus melhores momentos no cinema.
1996 é seu ano de explosão. Atuou em três filmes, e apesar de um deles – Paixão Bandida, de Steven Baigelman – ser horrível, e Amor Alucinante, de Jim Wilson, não ser lá essas coisas, ela se destaca nos dois filmes. O terceiro é o simpático Nosso Tipo de Mulher, do ator/diretor Edward Burns.
Daí em diante sua carreira decola de vez, com destaque para o hilário Quem Vai Ficar com Mary? (Peter & Bobby Farrelly, 1998), um dos mais engraçados filmes dos irmãos diretores de Débi & Lóide; As Panteras e As Panteras Detonando (McG, 2000 e 2003), longas que introduzem algum frescor no gênero ação; e Gangues de Nova York (Martin Scorsese, 2002), em que brilha num drama histórico com muita violência.
E no dia 31, é a vez de Richard Gere fazer 70 anos, por incrível que pareça. Sua primeira atuação em um grande filme acontece em À Procura de Mr. Goodbar (1977), obra-prima controversa, provavelmente o melhor longa do ótimo diretor Richard Brooks. Seu primeiro grande papel, Cinzas no Paraíso (1978), filme da época em que Terrence Malick era um diretor interessante. No mesmo ano, atua em Irmãos de Sangue (1978), do subestimado Robert Mulligan.
Nos anos 1980, a explosão: Gigolô Americano (Paul Schrader, 1980), A Força do Destino (Taylor Hackford, 1982), A Força de um Amor (Jim McBride, 1983), Cotton Club (Francis Ford Coppola, 1984), Os Donos do Poder (Sidney Lumet, 1986), Sem Perdão (Richard Pearce, 1986), Gritos de Revolta (1988). Não fez muitos mais nessa década, mas só esses sete já dá mais filmes fortes do que muitos atores com três ou quatro décadas de carreira.
Nas décadas seguintes, a média de acertos continua alta. Até com o genial cineasta japonês Akira Kurosawa ele trabalhou, embora não em seus melhores momentos. Talvez, aliás, nenhum de seus filmes se iguale, em qualidade, ao Mr. Goodbar de Richard Brooks, no qual ele era muito jovem e a estrela era Diane Keaton. Mas o número de bons filmes em seu currículo não pode ser menosprezado.
Sérgio Alpendre