Um dos satélites mais importantes da história recente da astronomia está prestes a ser aposentado. A agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, informou que a jornada de nove anos do telescópio Kepler está prestes a terminar.
O Kepler foi lançado em 2009 com a missão de ficar três anos e meio no espaço. Batizado em homenagem a Johannes Kepler, cientista alemão autor das famosas “três leis de Kepler”, seu objetivo foi encontrar planetas fora do sistema solar.
E foi o que o Kepler fez: em nove anos, o telescópio ajudou astrônomos do mundo todo a registrar mais de 4.500 exoplanetas e muitos outros corpos celestes. E um erro de cálculo foi o que fez a missão durar muito mais do que o planejado.
De acordo com a Nasa, o Kepler foi lançado com mais combustível do que o necessário para equilibrar o peso da aeronave quando ela entrasse em órbita. No entanto, o combustível extra já está acabando, o que levará ao fim a missão do telescópio.
O Kepler deve ficar sem combustível “nos próximos meses”, quando perderá contato com a Terra e continuará vagando pelo sistema solar sem uma rota definida, explicou a Nasa, assim como o carro da Tesla que a SpaceX mandou para o espaço em fevereiro.
Como o telescópio está na órbita do Sol, é impossível enviar uma missão para encher o tanque. O Kepler até possui painéis solares, mas eles servem apenas para sustentar a sua parte eletrônica. Os propulsores que o mantém no eixo dependem de combustível.
A Nasa informa que já tem um novo telescópio preparado para tomar o lugar do Kepler. Ele se chama Tess (sigla em inglês para “Satélite de Monitoramento de Exoplanetas em Trânsito”) e será lançado em 16 de abril, continuando a missão de catalogar novos mundos espalhados pelo cosmo.