SpaceX vai dar ‘carona’ para satélites de rastreamento de contrabando

Especializada de inteligência de satélites, HawkEye 360 vai recorrer ao serviço da empresa de Elon Musk para aprimorar o tempo de resposta de seu sistema de monitoramento de atividades ilegais
Redação17/07/2020 23h31

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A HawkEye 360, uma empresa especializada em análises de radiofrequência, vai lançar ao espaço três satélites para monitorar embarcações irregulares, caça ilegal e contrabando de mercadorias. Segundo o site Futurism, a companhia afirma que já reservou um espaço no programa de missões compartilhadas da SpaceX para posicionar as sondas em órbita até o fim deste ano.

A empresa trabalha com o rastreamento por imagens de satélites a partir do estudo de sinais de radiofrequência captados da superfície terrestre. A organização mantém parceria com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e com o National Reconnaissance Office, órgão de inteligência que projeta e opera satélites do governo norte-americano.

Em entrevista ao Futurism, o CEO John Serafini diz que a HawkEye 360 conta com satélites no espaço desde 2018. “Nós detectamos atividades de contrabando em todo o mundo. Ajudamos guardas florestais no Parque Nacional Garamba [na República Democrática do Congo] a monitorar o vasto território [do parque] para monitorar a atividade de caça ilegal de animais selvagens”, afirmou o executivo.

Reprodução

Em junho, a SpaceX afirmou que já acertou mais de cem caronas para satélites de outras empresas. Imagem: Reprodução

Serafini explica que o atual sistema de satélite da companhia já é capaz de oferecer uma cobertura mundial. Os novos lançamento, no entanto, visam aprimorar o tempo de resposta das máquinas, bem como a capacidade de identificar a localização exata de uma frequência.

“Satélites de monitoramento por imagem estavam sob o domínio de governos, mas agora existem muitos fornecedores comerciais. O HawkEye 360 ​​está aumentando as capacidades [de rastreamento] de governos, fornecendo uma fonte útil de dados [de radiofrequência] comerciais”, disse ao Futurism.

O CEO afirma ainda que a empresa pretende operar uma infraestrutura com até 21 satélites no futuro. O principal objetivo é diminuir o tempo o período de revisita dos satélites para abaixo de 45 minutos. O período de revisita corresponde ao intervalo que um sistema leva para produzir imagens de um mesmo local. Trata-se de um recurso importante para analisar as mudanças espaciais de um ambiente

Para Serafini, a melhoria pode impedir, por exemplo, que praticantes de caça ilegal invadam parques de preservação ambiente, matem animais e saiam consigam fugir. “Precisamos de períodos de revisita mais rápidos para permitir o rastreamento de embarcações não registradas e aumentar a densidade de dados para realizar análises mais ricas”, afirma.

Via: Futurism


Colaboração para o Olhar Digital

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