A SpeceX lançou novos satélites de internet a bordo do Falcon 9 nesta sexta-feira, 30. O foguete, que decolou da base de Vandemberg, na Califórnia, cumpre mais uma etapa do plano da empresa de Elon Musk de criar uma rede global de internet de alta velocidade com equipamentos na órbita terrestre. O projeto, inclusive, recebeu o aval do governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira, 29.

Na missão desta sexta-feira, o Falcon 9 decolou às 11h13 (Horário de Brasília) levando dez satélites a bordo em um lançamento transmitido ao vivo pela Internet. Nesta missão, a SpaceX não tentou recuperar os propulsores como em outras. No entanto, a empresa focou em resgatar a ponta do foguete, que transporta sua carga útil, o que poderia resultar em uma economia de US$ 6 milhões (cerca de R$ 20 milhões).

Para esta tarefa, a SpaceX utilizou um barco chamado de “Mr. Steven” com uma rede que é desenhada para capturar o pedaço do foguete. A ideia é que a embarcação chegasse até local da queda antes que a peça afunde, evitando assim a poluição marítima e gerando uma economia para a companhia.

A operação não foi transmitida ao vivo, como o restante do lançamento. No entanto, Elon Musk comentou no Twitter todo o passo a passo para a recuperação da ponta do foguete e, às 13h57, deu a entender que a operação falhou. Esta já a segunda tentativa frustrada de se recuperar a ponta do Falcon 9.

Plano para levar internet de alta velocidade a lugares distantes

O lançamento do Falcon 9 foi a quinta missão de um plano ambicioso da SpaceX para criar uma rede de internet banda larga via satélite. O objetivo da empresa é espalhar 4.425 desses equipamentos na órbita a uma altura de até 1.287 km da superfície da Terra. Além disso, outros 7.500 satélites seriam espalhados em órbitas mais baixas.

Segundo a publicação do Business Insider, se o projeto for bem-sucedido, pessoas ao redor do mundo poderiam acessar internet com velocidades até 40 vezes mais rápidas do que as fornecidas pelos satélites atuais. A conexão funcionaria, inclusive, em zonas rurais e lugares mais remotos do planeta. No entanto, Elon Musk teria indicado que nem todo mundo seria beneficiado: a China ficaria de fora da cobertura por receios ligados a questões políticas.

Apesar do ainda longo caminho a percorrer, o plano da SpaceX conquistou uma importante vitória nesta quinta-feira, 29. A FCC, agência de regulação similar à Anatel nos Estados Unidos, aprovou formalmente o projeto da rede de satélites de Elon Musk. Agora, o próximo lançamento do foguete Falcon será na próxima segunda-feira, 2.