A Jaxa (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão) anunciou na quarta-feira (19) que recebeu autorização do governo australiano para que a nave espacial Hayabusa2 possa liberar uma cápsula com amostras do asteroide Ryugu no país em 6 de dezembro.
A nave está voltando para a Terra com material da superfície rochosa e da área subterrânea do asteroide Ryugu, cujos destinos é a Área Proibida de Woomera, que é um território da Força Aérea da Austrália. “Estou muito satisfeita por ter dado o sinal de aprovação para o Hayabusa2 pousar na Área Proibida de Woomera e entusiasmada com a Jaxa por ter escolhido ser nosso parceiro na reentrada da cápsula”, disse Karen Andrews, ministra da Indústria, Ciência e Tecnologia da Austrália.
Segundo a Agência de Exploração japonesa, por conta da diversidade das amostras, os cientistas vão ser capazes de aprender muito mais sobre o interior do asteroide e saber como ele lidou com as forças severas do espaço sideral, como o vento solar, que é um fluxo constante de partículas extremamente energizadas.
Mesmo com os avanços tecnológicos presentes nas espaçonaves, as análises feitas na Terra ainda são preferidas pelos cientistas e, por isso, há a necessidade de ter a cápsula em nosso planeta.
Ilustração da espaçonave Hayabusa2 chegando perto da Terra e depositando a cápsula na atmosfera. Créditos: JAXA/Reprodução
“A aprovação para realizar as operações de reentrada e recuperação da cápsula de amostra de retorno Hayabusa2 é um marco significativo. Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão pelo apoio do governo australiano, bem como de várias organizações na Austrália por sua cooperação”, afirmou Hiroshi Yamakawa, presidente da Jaxa.
A espaçonave Hayabusa2
A sonda Hayabusa2 é uma missão que consiste em coletar amostras de asteroides. Ela foi lançada em dezembro de 2014 e pousou, com sucesso, no asteroide Ryugu em 27 de junho de 2017.
Por aproximadamente 18 meses, a sonda coletou amostras da superfície e da aérea subterrânea do asteroide, partindo do local em 12 de novembro do ano passado.
A missão aprovada pela Comissão de Atividades Espaciais do Japão em 2006, recebeu financiamento de US$ 150 milhões em 6 de agosto de 2010, logo após o sucesso da Hayabusa, a primeira missão da linha.
Fonte: Space.com