Sistema de satélites de vigilância dos EUA terá cobertura global até 2026

Em 2024, a camada atingirá cobertura regional; o plano exigirá a construção de um novo satélite a cada semana
Renato Mota22/01/2020 22h25

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A rede de satélites de defesa projetada pelo Pentágono está começando a tomar forma. O projeto, que deverá atingir cobertura global em até seis anos, incluirá centenas de satélites de vigilância, e é a primeira grande iniciativa da Agência de Desenvolvimento Espacial (SDA), do Departamento de Defesa do governo dos Estados Unidos.

A NDSA (National Defense Space Architecture), consistirá em sete constelações, ou “camadas”, cada uma com uma função diferente, como detectar mísseis, alertar as forças terrestres de ameaças em potencial, controlar sistemas de armas e aumentar as capacidades de navegação.

Em uma reunião do Pentágono ocorrida nesta terça-feira (21), o diretor da DAS, Derek Tournear, disse que a primeira dessas camadas, a Camada de Transporte, estará operacional até 2022, e deverá ser capaz de identificar alvos no solo ou no mar e rastrear mísseis. A camada terá cobertura regional em 2024 e cobertura global completa em 2026.

Reprodução

O plano exigirá a construção de um novo satélite a cada semana. Tournear disse que cada satélite será relativamente pequeno, pesando “algumas centenas de quilos” e custando cerca de US$ 10 milhões.

Além da Camada de Transporte, o NDSA terá as camadas de Gerenciamento de Batalha (fornece comando e controle da missão e disseminação de dados), Rastreamento (rastreia e direciona em escala global de ameaças de mísseis, incluindo sistemas hipersônicos), Custódia (monitora mísseis inimigos), Navegação (uma alternativa ao GPS), Dissuasão (previne ações hostis entre a órbita geossíncrona da Terra até distâncias lunares) e Suporte (permite uma integração eficaz entre ativos terrestres e espaciais).

O Pentágono procurará parceiros comerciais para ajudar a desenvolver essas tecnologias. O NDSA pode parecer um projeto grande, mas ainda é tímido junto à megaconstelação Starlink da SpaceX, que pode ter mais de 45 mil satélites.

Via Gizmodo

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital