A sonda Curiosity ganhou as telas do mundo todo, como um grande feito da tecnologia, capaz de explorar uma pequena área da superfície de Marte. Porém, a Curiosity tinha muitas limitações. Por se tratar de uma sonda do tipo rover – que se movimenta a partir de quatro rodas – ela apenas pôde se deslocar em terrenos relativamente planos. Já essa outra sonda aí, a Lemur, foi desenhada justamente para escalar rochas e se deslocar em superfícies irregulares. Lemur significa Limbed Excursion Mechanical Utility Robot. O nome comprido pode ser traduzido livremente para português como Robô Utilitário de Membros Mecânicos para Exploração. O Lemur é pequeno, mas poderoso.
Dotado de inteligência artificial, ele é capaz de escolher sozinho qual o melhor caminho para atingir seu objetivo. E, se houver uma parede rochosa no meio do trajeto, não tem problema. Nos testes completados essa semana no Vale da Morte – que fica no meio do deserto de Mojave, no noroeste dos Estados Unidos – o Lemur exercitou suas capacidades. Cada um de seus dedos tem centenas de pequenos ganchos, parecidos com anzóis de pesca, que garantem a pegada do autômato às superfícies, mesmo que elas sejam super inclinadas.
Além da capacidade de movimentação, o Lemur tem sensores desenhados para detectar a presença de fósseis, o que pode ser útil nas investigações sobre a existência de vida no passado de Marte. A Nasa ainda não sabe se vai enviar o Lemur para Marte, mas certamente várias das tecnologias presentes nele serão embutidas em veículos que pousarão no planeta vermelho com a missão programada para o ano que vem.