Piers Sellers, pesquisador e astronauta britânico da NASA, morre aos 61 anos

Redação26/12/2016 12h14, atualizada em 26/12/2016 12h37

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O astronauta e cientista ambiental Piers Sellers faleceu de câncer pancreático aos 61 anos de idade na última sexta-feira, 23 de dezembro. Além de ter ajudado a construir a Estação Espacial Internacional durante suas visitas ao espaço, Sellers também foi um pioneiro em pesquisa ambiental e nos estudos sobre os impactos da humanidade sobre a atmosfera.

De acordo com a declaração da NASA sobre seu falecimento, “suas jornadas [ao espaço] e sua contínua dedicação à pesquisa científica inspiraram uma nova geração a aceitar o desafio de cuidar do planeta Terra e ampliar o alcance da humanidade no espaço”. Sellers deixou dois filhos.

Legado

Sellers realizou pesquisa sobre problemas globais de clima entre 1982 e 1996 no Goddard Space Flight Center da NASA e na Universidade de Maryland. Usando modelos de computação, ele estudou a relação entre a biosfera (o espaço da Terra habitato por humanos) e a atmosfera. Durante esse período, ele produziu mais de 70 artigos científicos.

Ele também dirigiu os esforços que culminaram no lançamento do satélite TERRA da NASA em 1998. O satélite tem o objetivo de ajudar a monitorar o estado do clima e do meio ambiente da Terra a partir do espaço – e se enquadra exatamente no tipo de pesquisa da NASA que a administração de Trump declarou que pretende cortar.

Nascido no Reino Unido, Sellers eventualmente decidiu realizar seu sonho de viajar para o espaço, o que exigiu que ele adquirisse cidadania estadunidense para poder viajar pela NASA. Ele conseguiu a dupla cidadania em 1991 e participou de três viagens ao espaço, em 2002, 2006 e 2010, segundo o jornal The Star. Ao todo, ele passou 35 dias no espaço – uma experiência que ele diz ter influenciado seu trabalho. Voltando do espaço, de 2011 até seu falecimento ele liderava os pesquisadores de meio ambiente da NASA.

Ultimos dias

Sellers foi diagnosticado com câncer pancreático em outubro de 2015. Mesmo com esse diagnóstico, porém, ele continuou trabalhando normalmente. O diagnóstico, no entanto, inspirou-o a escrever um artigo para o jornal New York Times narrando sua experiência de vida.

De acordo com o pesquisador, suas viagens ao espaço foram essenciais para seu exercício profissional. Vendo o planeta a partir do espaço, “eu vi o quão frágil e infinitamente preciosa a Terra é. Eu tenho esperança para o seu futuro. E por isso, eu vou trabalhar amanhã”.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital