O maior avião do mundo está prestes a decolar. Saiba para que ele serve

Redação18/04/2018 13h58, atualizada em 07/09/2018 16h00

20180418114240

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Stratolaunch, um avião gigante que será usado para colocar satélites e outras cargas em órbita, deve ganhar os céus ainda neste ano. De acordo com o site Space News, a empresa por trás da enorme aeronave vai realizar o primeiro voo de teste com ela ainda em setembro. O projeto é financiado por Paul Allen, bilionário cofundador da Microsoft.

Por enquanto o veículo só foi testado no solo, em provas de taxiamento. A mais recente delas aconteceu em fevereiro deste ano, e nela a aeronave atingiu uma velocidade de 74 quilômetros por hora. No próximo teste, a empresa pretende levar o avião à velocidade de 130 quilômetros por hora, e em seguida atingir 220 quilômetros por hora (em geral, aviões de linha aérea decolam de 240 km/h a 290 km/h). Só após esses testes o Stratolaunch estará pronto para decolar.

Dimensões de monstro aéreo

De acordo com o Popular Mechanics, o Stratolaunch é atualmente o maior avião do mundo em envergadura (distância entre as pontas das asas), somando 117 metros de uma asa a outra – quase o tamanho de um campo de futebol, e muito maior que o Airbus 380 – principal avião comercial do mundo – com 79 metros de envergadura.

O “monstro aéreo” tem duas fuselagens (os cilíndros dentro dos quais em geral ficam os passageiros nos aviões), seis turbinas e pesa 226 toneladas. A ideia é que ela leve foguetes e satélites até uma atitude a partir da qual eles podem escapar da órbita terrestre mais facilmente.

Isso diminui os custos, por exemplo, de colocar satélites em órbita. Para colocar um satélite em órbita em pleno ar, é necessário que um foguete decole da superfície terrestre com o satélite, voe até a atitude correta e lance sua carga. Mas (com exceção dos foguetes da SpaceX) o foguete – que é um custo considerável no projeto – é perdido após o lançamento.

Com um avião desse tipo, as empresas que quiserem colocar satélites em órbita podem construir foguetes menores – afinal, eles serão ativados a uma altitude bem maior, e por isso necessitam de menos força e combustível para escapar da gravidade terrestre e atingir a altitude desejada. Esse é o serviço que a Stratolaunch pretende oferecer com o seu avião.

Mas deve demorar para que esse serviço chegue ao mercado. Segundo o Engadget, o objetivo da empresa é realizar seu primeiro lançamento em 2020. Até lá, ela ainda precisa garantir que a aeronave é capaz de voar e pousar, e precisa também conseguir a aprovação da FFA (o órgão regulador de aviação dos Estados Unidos), o que pode levar até 18 meses.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital