O ‘clube’ de países que já pousaram na Lua vai ganhar novos membros em breve

50 anos depois que a Apollo 11 aterrissou na Lua, apenas três países conseguiram pousar suavemente em sua superfície. Porém, tudo indica que esse seleto grupo aumentará nos próximos anos
Redação26/04/2019 17h47, atualizada em 26/04/2019 21h00

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No dia 11 de abril, quando a sonda lunar Beresheet de Israel caiu, nos momentos finais de sua tentativa de pouso na Lua, todos aqueles que se interessam pelo assunto ao redor do mundo se compadeceram com o “fracasso”. Mas a SpaceIL, empresa por trás da sonda, não se deu por vencida. Menos de uma semana após o ocorrido, ela anunciou que investirá seus recursos no lançamento do Beresheet 2.0. O objetivo é seguir com as tentativas de alcançar a Lua — e juntar-se ao clube dominado por agências russas, norte-americanas e chinesas.

Beresheet foi a primeira tentativa de outro país fora do trio EUA / Rússia / China de participar da corrida espacial iniciada há cerca de 60 anos. A SpaceIL foi criada para a competição Lunar X Prize, do Google — que desafiou empresas privadas, em 2007, a construir uma espaçonave que poderia pousar na Lua. 

Embora o Prêmio Lunar X não tenha sido reivindicado, a Beresheet manteve seu objetivo e acabou lançando sua missão com várias premissas. Ela enviou a menor sonda lunar do mundo para a mais longa jornada até o satélite natural. A esperança era que ela fosse a primeira sonda financiada pelo setor privado a pousar em sua superfície.

Mas qual é o sentido de ir à Lua atualmente? São muitos os obstáculos e imprevistos; os EUA já enviaram uma dúzia de astronautas para lá; são necessários milhões de dólares para que uma nave saia da órbita da Terra. Tudo isso para uma missão que tem muitas chances de falhar.

É verdade que a imagem da missão Apollo, da NASA, é a primeira que vem à nossa mente quando o assunto é ir à Lua. No entanto, empresas do Japão, Índia e a própria Agência Espacial Europeia estão fazendo enormes avanços na exploração espacial, descobrindo novas partes da nossa galáxia e contribuindo para compreensão científica da humanidade. 

E não foi só Israel que sentiu a tristeza de perder o contato com Beresheet. Isso aconteceu em outras ocasiões. Porém, os ganhos para a ciência e para a humanidade como um todo, talvez, não estejam só no objetivo final, mas ao longo do caminho, que só uma experiência do gênero pode proporcionar, incluindo a superação de obstáculos sequer imaginados.

E quanto mais países passam a participar desse universo, são mais cérebros, mais mãos, com diferentes visões, que potencialmente podem maximizar esses ganhos. Todos os passos são grandes para a humanidade quando se trata de Ciência. (A pessoa por trás desse texto assistiu Vingadores: Ultimato e está realmente emotiva).

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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