Novo traje espacial da NASA vem com um banheiro embutido

Renato Santino24/02/2018 00h18

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Ser um astronauta pode ser um sonho para muitas crianças, mas a realidade da atividade está longe de ser tão glamorosa como muitos pensam. Um exemplo disso é que um novo traje espacial criado pela NASA para viagens na Orion, a próxima geração das naves espaciais humanas, vem com um banheiro embutido.

O nome é um pouco mais rebuscado do que “banheiro embutido”, mas a função é a mesma. O “sistema de descarte de resíduos de longo prazo” é voltado para garantir que o astronauta tenha um mínimo de dignidade e higiene mesmo no caso de a nave passar por uma despressurização.

A Orion possui um banheiro propriamente dito, o que significa que, se tudo ocorrer como previsto, os astronautas não precisarão usar o banheiro do traje. No entanto, em caso de dificuldade, o novo traje foi feito para permitir que os ocupantes sobrevivam durante até 6 dias. Isso significa que é necessário proporcionar aos astronautas a possibilidade de se alimentar, defecar e urinar sem precisar tirar o traje.

A nave foi projetada para viagens curtas, não sendo, portanto, adequada para o tão sonhado voo para Marte, mas ela pode ser usada para o retorno à Lua, que tem sido proposto pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Assim, os seis dias de vida que o traje proporciona podem ser exatamente o suficiente para retornar à superfície da Terra em segurança.

Não é a primeira vez que a NASA aposta em um sistema deste tipo, no entanto. O sistema de descarte será bastante similar à tecnologia que agência usava nos anos 1970, segundo o site Space.com. A técnica havia sido descartada por muito tempo e foi retomada agora.

Para a coleta de fezes, será usada uma sacola como as vistas na era dos voos da geração Apollo, e para a coleta da urina “cateter-preservativo”, que é um aparato colocado sobre o pênis ligado a um tubo que armazena o líquido. O problema, neste caso, é que obviamente esta tecnologia não funciona com mulheres por questões biológicas. A NASA informa que uma solução para as astronautas do sexo feminino ainda está em fase de desenvolvimento.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital

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