Novo telescópio infravermelho varrerá todo o céu do Hemisfério Sul

Construído na Austrália, o Dreams possui uma câmera infravermelha que lhe permitirá observar eventos cósmicos invisíveis aos telescópios ópticos
Renato Mota26/05/2020 17h44

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A ciência ganhará novos olhos no Hemisfério Sul. A Universidade Nacional Australiana (ANU) construirá um novo telescópio infravermelho para monitorar o céu em busca de novos eventos cósmicos à medida que eles ocorrerem. O Dreams (Dynamic Red All-Sky Monitoring Survey) está previsto para ser concluído no início do próximo ano.

A câmera dos Dreams poderá mapear todo o céu em apenas três dias, permitindo que pesquisadores de todo o mundo estudem de eventos cósmicos quase em “tempo real”. “Telescópios infravermelhos podem estudar regiões distantes e empoeiradas do espaço – impenetráveis ​​aos telescópios ópticos – revelando novas estrelas, nebulosas, fusões, galáxias, supernovas, quasares e outras fontes de radiação”, explica Anna Moore, diretora do Instituto para o Espaço da ANU.

“Ao monitorar o céu de forma contínua e rápida, poderemos procurar fenômenos variados. Essa astronomia em ‘tempo real’, que nos permite estudar eventos que ocorrem ao longo de meses, semanas ou dias em vez de milhões de anos, é uma janela para o grande desconhecido”, completa a pesquisadora.

O Dreams consiste em um telescópio de 0,5m totalmente automatizado e uma câmera infravermelha. Em cada instantâneo, o equipamento “vê” 3,75 graus quadrados (20 vezes o tamanho da Lua), sendo dez vezes mais poderoso que seus concorrentes mais próximos. Os dados capturados pelo Dreams ajudarão a detectar a fonte das ondas gravitacionais e a colisão de estrelas de nêutrons e buracos negros.

Via: ANU

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital