A Virgin Galactic realizou nesta semana um teste de voo com sua espaçonave VSS Unity, que pretende usar para levar turistas em viagens suborbitais. Foi o segundo voo de testes a partir do “Espaçoporto America“, base de operações da empresa no Novo México, EUA.
O voo foi feito sem propulsão, ou seja, a espaçonave foi levada a uma altitude de 15 km pela nave-mãe VMS Eve, de onde foi solta, e retornou planando ao espaçoporto. Nos voos comerciais ela contará com a ajuda de foguetes para chegar a uma altitude de 100 km, considerada a “fronteira do espaço”.
Segundo a empresa, um voo planador permite que alguns sistemas da aeronave operem em um ambiente similar ao encontrado durante as fases de voo sob propulsão de foguete. Durante o trajeto, a Unity chegou a uma velocidade de Mach 0.85, ou 85% da velocidade do som.
Espaçoporto da Virgin Galactic. Foto: Reprodução
Os pilotos Mark ‘Forger’ Stucky e Michael ‘Sooch’ Masucci, ambos astronautas comerciais que já levaram a Unity ao espaço em ocasiões anteriores, realizaram uma série de manobras para coletar dados sobre o desempenho e controle da aeronave durante um voo em alta velocidade. Estes dados serão comparados com manobras similares realizadas em um teste anterior para realizar melhorias na modelagem aerodinâmica da nave.
Antes de realizar testes sob propulsão, a equipe da Virgin Galactic deve analisar os dados dos dois voos já feitos, fazer modificações na cabine dos passageiros e submeter o veículo e seus sistemas a uma inspeção detalhada.
A Virgin Galactic irá oferecer viagens suborbitais na VSS Unity ao custo de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) por pessoa. Segundo a empresa, 600 passageiros já reservaram assentos, e mais de 8 mil pessoas demonstraram interesse. Entretanto, ainda não há uma data prevista para o início das operações comerciais.
Fonte: Virgin Galactic