O CEO e fundador da SpaceX, Elon Musk, revelou nesta quarta-feira (22) que a companhia trabalha para reduzir a luminosidade dos satélites Starlink com objetivo de minimizar a interferência dos equipamentos na observação do céu à noite. As informações foram reveladas pelo empresário em diálogo com seguidores no Twitter.

De acordo com Musk, a empresa pretende mudar de imediato o ângulo dos painéis solares dos satélites, assim como instalar espécies de “guarda-sóis” em todos os dispositivos a partir do nono lançamento da missão. Esses materiais serão confeccionados com base em uma espuma escura especial extremamente transparente para ondas de radiação.

Nesta quarta-feira (22) a SpaceX concluiu a sexta operação de lançamento da missão Starlink, que enviou mais 60 satélites ao espaço. Com isso, a constelação da companhia já conta com 422 unidades na órbita terrestre inferior (LEO). O propósito principal do projeto é formar uma rede de comunicação global de internet.

A iniciativa de Elon Musk para reduzir a luminosidade dos satélites é uma resposta em meio à discussão acerca dos impactos destes equipamentos na observação astronômica. Em fevereiro, a União Astronômica Internacional publicou um estudo preliminar que concluiu que a observação de astros da Terra pode ser “severamente afetada” pela interferência das constelações de satélites.

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Neste sentido, os equipamentos da SpaceX já chamam atenção. No final de janeiro, parte da constelação Starlink esteve visível a olho nu. Ao ser questionado por um usuário do Twitter, Musk esclareceu que eles têm apresentado aspectos mais luminosos devido à variação do posicionamento dos painéis solares durante manobras de elevação e estacionamento orbitais.

A missão Starlink prevê formar uma constelação inicial de 1.600 satélites, com expectativa de expandir essa quantidade para 40 mil unidades.

Fonte: TechCrunch