A sonda solar Parker realizou, neste domingo (7), seu quinto sobrevoo próximo ao Sol. A espaçonave desenvolvida pela Nasa reeditou recordes anteriores e viajou a uma distância de 18,7 milhões de quilômetros da superfície do astro em velocidade de 393 quilômetros por hora. Trata-se do objeto mais veloz já criado por humanos.

A nova aproximação faz parte da quinta etapa de observações solares, que ocorre desde 9 de maio. A fase de pesquisas deve continuar até 28 de junho, totalizando sete semanas de estudos, a fim de aprofundar o conhecimento de cientistas sobre a dinâmica da estrela.

O equipamento foi lançado ao espaço em agosto de 2018 com o principal objetivo de estudar a atmosfera externa do Sol, chamada corona ou coroa solar. A missão busca investigar, em especial, porque a região apresenta temperaturas exorbitantes, que superam as registradas na superfície visível da estrela.

ReproduçãoA coroa solar é constituída de plasma com uma temperatura de mais de um milhão de graus Celsius. Imagem: Solar Dynamics Observatory/Wikipedia

Além disso, a coroa solar corresponde a uma plataforma de emissão de ventos solares, um fluxo de partículas carregadas que flui do Sol e viaja pelo sistema solar. As tempestades atingem altas velocidades na região, e pesquisadores pretendem investigar como esse processo ocorre.

Em janeiro deste ano, a Parker já havia orbitado o Sol a distância de 18,7 milhões de quilômetros, durante o quarto voo de aproximação da sonda. Já nas três operações anteriores, a espaçonave manteve a distância de 24 milhões de quilômetros. Estão previstas, ao todo, 24 operações até 2025. Ao fim da missão, espera-se que a Parker possa atingir a posição de 6 milhões de quilômetros da superfície do Sol.

Passagem em Vênus

Como lembra o site Space, em 10 de julho a sonda vai conduzir um sobrevoo da órbita de Vênus. A manobra é um passo fundamental para enviar a espaçonave para distâncias mais próximas do Sol, mas também representa uma oportunidade para cientistas estudarem mais detalhes do planeta.

A espaçonave da Nasa vai se posicionar a apenas 832 quilômetros de distância da superfície do astro. Cientistas pretendem investigar o processo de formação da cauda atmosférica de Vênus. O fenômeno ocorre durante períodos de baixa pressão dos ventos solares no planeta, em que a ionosfera se expande e afasta de Vênus tomando o aspecto de uma cauda.

Fonte: Space