Em 2021, a Nasa escaneará as características geográficas de Marte. A missão representa um grande avanço, mas também um grande desafio, afinal, o Planeta Vermelho possui apenas 1% da densidade atmosférica, assim como um terço da gravidade da Terra e o processo deve ser feito por um objeto voador.

Para realizar uma missão bem-sucedida, a Nasa usará o rover Perseverance, que ficará ligado à superfície de Marte para lançar um pequeno drone do tamanho de uma bola de softball, chamado Ingenuity, que obterá uma vista aérea sem precedentes da superfície vermelha com a ajuda de duas pás de cerca de 1,2 metro cada, as quais o manterão no alto.

O problema é que alçar voo com um drone em Marte é algo bastante desafiador. “Isso é muito análogo ao momento dos irmãos Wright, mas em outro planeta”, afirmou MiMi Aung, gerente de projeto do drone Ingenuity no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigl em inglês), da Nasa.

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Simulação do drone Ingenuity voando sobre Marte. Imagem: JPL

Ainda que a missão esteja programada apenas para fevereiro de 2021, o drone Ingenuity embarcará em sua jornada já no próximo dia 20 de julho para chegar ao Planeta Vermelho em meados de fevereiro do ano que vem, a partir de quando a Nasa tentará voar Ingenuity cinco vezes em um intervalo de 30 dias.

Se tudo ocorrer como o planejado, o sucesso se dará devido à miniaturização de eletrônicos, à melhoria da tecnologia de bateria e aos novos e mais rígidos materiais utilizados na construção das pás de voo. “É bastante surpreendente quando você levanta uma dessas pás, se a segurar na mão, você acha que vai levantar algo substancial, e é tão leve quanto o ar e, ao mesmo tempo, extremamente rígido”, contou Havard Grip, tecnólogo de pesquisa do JPL.

Via: Futurism