Próximo lançamento de um Falcon Heavy só acontecerá em 2021

Irmão maior do Falcon 9 irá colocar cinco satélites em órbita, três deles para o governo dos EUA; desde 2018, foguete só voou três vezes
Rafael Rigues09/09/2020 14h08, atualizada em 09/09/2020 14h10

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Lançamentos do foguete Falcon 9, da SpaceX, são tão comuns que já estão se tornando rotina. Mas um lançamento de seu irmão maior, o Falcon Heavy, é muito mais raro. Desde o voo inaugural em 2018, quando o Tesla Roadster de Elon Musk foi enviado ao espaço, o foguete voou apenas três vezes, duas delas em missões comerciais.

O próximo lançamento, sob contrato da Força Espacial dos EUA, deveria acontecer entre novembro e dezembro deste ano. Mas segundo declaração do General de Brigada Jason Cothern, vice-comandante do US Air Force Space and Missile Systems Center (USAF SMC), a missão USSF-44 foi adiada para 28 de fevereiro de 2021.

Segundo o site Teslarati, o adiamento não é surpresa. Dos seis primeiros estágios que saíram da fábrica da SpaceX em Hawthorne, no Texas, nos últimos nove meses, todos eram de Falcon 9.

A SpaceX já havia dito que a USSF-4 usará propulsores novos. Considerando que a fábrica da empresa no Texas não consegue produzir dois foguetes simultaneamente, e que um Falcon 9 novo foi produzido em 24 de agosto, não haveria tempo hábil para produzir, testar e lançar um Falcon Heavy até o final deste ano.

Não se sabe o propósito da USSF-4. A carga principal será um satélite militar que será colocado em órbita geostacionária, e possivelmente será usado para espionagem. Além dele estarão a bordo dois satélites menores, também para o governo dos EUA, e dois outros satélites no programa de “carona” (rideshare) da SpaceX, que oferece lançamentos compartilhados a um preço menor que uma missão individual.

Recentemente o fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, anunciou que a produção do primeiro Falcon Super Heavy seria iniciada neste mês. O foguete, três vezes mais potente que o Falcon Heavy, será usado no lançamento da Starship e em futuras missões rumo à Lua ou Marte.

Fonte: Teslarati

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital