Próxima missão tripulada à Lua terá módulo de serviço europeu

A Airbus que ficará responsável por construir toda a estrutura que manterá os astronautas vivos no espaço
Redação28/05/2020 21h54, atualizada em 28/05/2020 22h14

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A expectativa é que a próxima viagem do homem à Lua aconteça em 2024, quando, depois de mais de 50 anos da missão Apollo 17, a Nasa voltará a enviar astronautas ao nosso satélite natural. O caminho até lá ainda é longo, mas duas coisas já são certas: o terceiro módulo de serviço europeu fará parte da empreitada e será fabricado pela Airbus.

“Ao celebrar este contrato, estamos novamente demonstrando que a Europa é um parceiro forte e confiável para Artemis. O módulo de serviço europeu representa uma contribuição crucial para isso, permitindo a pesquisa científica, o desenvolvimento de tecnologias-chave e a cooperação internacional – missões inspiradoras que expandem a presença da humanidade além da órbita baixa da Terra”, disse David Parker, diretor de Exploração Humana e Robótica da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O módulo a ser construído constituirá a nave espacial Orion, um dos veículos que integrarão as missões tripuladas do Programa Artemis. A bordo da Orion, estarão, além de quatro astronautas, um Módulo de Comando e um Módulo de Serviço – neste caso, de autoria da ESA, que confiou à Airbus essa tarefa.

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Nave espacial Orion em processo de construção. Imagem: Nasa

Vale ressaltar que um módulo de serviço é algo indispensável em uma missão tripulada, afinal, é ele que mantém os astronautas vivos com recursos como água, ar, propulsão, eletricidade e uma temperatura confortável. O módulo de serviço também serve como chassi da nave espacial, ou seja, ele é a própria estrutura do suporte de carga do objeto. Portanto, cada uma de suas mais de 20 mil peças exercem, em conjunto, papéis essenciais.

Ainda assim, o módulo não é tão grande quanto parece: se a Orion é equivalente ao tamanho de uma casa pequena com dois andares, o módulo de serviço mal chega ao primeiro andar. O tamanho compacto, no entanto, é compensado por quatro asas de painéis solares que se estendem por 19 metros de diâmetro para gerar energia suficiente para suprir duas famílias completas. As 8,6 toneladas de combustível e os 32 propulsores que permitirão a ida à Lua e a volta à Terra também são exuberantes.

“Nossa experiência nos permitirá continuar a facilitar futuras missões da Lua por meio de parcerias internacionais”, afirmou Andreas Hammer, chefe de Exploração Espacial da Airbus. “Trabalhando em conjunto com nossos clientes ESA e Nasa, bem como com nosso parceiro industrial Lockheed Martin, agora temos uma base de planejamento confiável para as três primeiras missões lunares. Este contrato é um endosso da abordagem conjunta que combina o melhor das tecnologias espaciais europeias e americanas”, completou.

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Segundo módulo de serviço europeu sendo desenvolvido. Imagem: ESA

A Airbus também é responsável pela fabricação do primeiro módulo de serviço europeu, que já foi entregue à Nasa para uma missão não tripulada em 2021, e do segundo módulo, que está sendo desenvolvido em Bremem, na Alemanha.

Via: ESA

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital