Primeiro cometa de 2020 mergulhou no Sol logo depois de ser achado

Descoberto por um observador amador, o objeto é (ou melhor, era) parte do grupo de Kreutz - fragmentos que possuem órbitas rasantes ao Sol e faziam parte de um cometa gigante há milhares de anos
Renato Mota14/01/2020 21h21

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A primeira descoberta astronômica de 2020 não durou muito. Encontrado por um caçador amador, um pequeno cometa rasante Kreutz (que nem chegou a ser nomeado) se jogou no Sol logo após a sua identificação – e foi devidamente vaporizado.

O diretor do Sungrazer Project na Nasa, Karl Battams, tuitou sobre a descoberta: “E a primeira descoberta de cometas da década vai para … SOHO! (Claro!) Este minúsculo cometa rasante Kreutz foi visto durante a noite pelo @worachate, navegando pelo campo de visão do LASCO C3 (e mergulhando no seu destino)”.

SOHO é o Observatório Solar e Heliosférico, uma sonda espacial não-tripulada da Agência Espacial Europeia e da NASA.

Em entrevista ao site Spaceweather.com, Battams comentou que esse foi o maior tempo sem novas descobertas desde 2008. “Na verdade, é bastante incomum que leve 13 dias para o SOHO encontrar um cometa”, completou. A descoberta foi feita por um caçador de cometas amador na Tailândia chamado Worachate Boonplod.

“Estamos chegando perto de 3.900 cometas descobertos e devem passar confortavelmente 4.000 em algum momento deste ano”, completou o diretor.

Cometas rasantes Kreutz são fragmentos da dissolução de um único cometa gigante há muitos séculos, que têm como característica uma órbita que os coloca muito próximos ao Sol. Eles recebem o nome do astrônomo alemão do século 19 Heinrich Kreutz, que os estudou em detalhes. Centenas de fragmentos de Kreutz passam pelo Sol e se desintegram a cada ano.

Via CNET/Spaceweather.com

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital