A Virgin Orbit completou um passo fundamental no longo do caminho até o lançamento de satélites para clientes comerciais. A empresa realizou um “teste de soltura” bem-sucedido de seu foguete LauncherOne, que foi solto em queda livre de seu avião baseado no Boeing 747, apelidado de “Cosmic Girl”.

O LauncherOne saiu de uma altura de 35 mil pés (cerca de 10 mil km), que é uma altitude de cruzeiro típica para aviões comerciais, com comportamento bem fiel a como vai acontecer em um lançamento real. A aeronave da Virgin Orbit leva o foguete para essa altitude e o solta antes de acionar o motor, o que exige muito menos combustível e energia em comparação ao lançamento do foguete a partir do solo (que é o que a SpaceX faz, por exemplo).

 

 

A Virgin Orbit faz parte da dupla de empresas espaciais da Virgin, que também inclui a Virgin Galactic. O foco específico da Orbit é oferecer uma opção acessível para os lançamentos de satélites pequenos, um mercado no qual ela competirá com o Rocket Lab, que está usando um modelo de lançamento de foguete baseado em solo mais tradicional.

O chefe da empresa, Dan Hart, disse à CNBC que espera que o primeiro lançamento completo ocorra “antes do final do verão”. Já um lançamento comercial poderia vir de oito a dez semanas depois disso. A Virgin já tem seis foguetes em construção em sua fábrica e acredita que pode produzir “mais de 20” por ano, acrescentou Hart.

O cronograma relativamente rápido não é completamente estranho. Ao contrário da Virgin Galactic, a equipe da Orbit não está transportando embarcações tripuladas para o espaço. A empresa espera gastar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões por voo, o que é bem barato em comparação aos outros lançamentos baseados em aeronaves e muitos foguetes convencionais. Se bem-sucedida, ela pode se tornar uma opção para as operadoras de satélite que desejam reduzir seus custos. 

Via: Engadget