No início da última semana, a Nasa coletou uma amostra do asteroide Bennu. Agora, a equipe por trás da espaçonave Osiris-REx afirma que a missão foi um sucesso até excessivo. O plano inicial era de pegar cerca de 60 gramas de material, mas uma quantidade maior foi coletada. Por conta disso, rochas maiores podem ter mantido o espaço reservado um pouco aberto e, com isso, pedaços menores foram vistos escapando da espaçonave.

Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa, afirmou que “embora possamos ter que nos mover rapidamente para armazenar a amostra, não é um problema ruim”. Além disso, acrescentou que a equipe está animada para ver “o que parece ser uma amostra abundante que inspirará a ciência por décadas além deste momento histórico”.

Por outro lado, Dante Lauretta, líder da equipe de ciência da agência espacial, falou que a perda de amostra é sim uma preocupação. “Por isso, estou incentivando fortemente a equipe a armazenar esta amostra preciosa o mais rápido possível”, destacou.

Com base nos dados, a Nasa acredita que tem “muito mais do que 60 gramas de regolito” e ajustou seus planos para proteger o material o mais rápido possível. A primeira dessas medidas foi o cancelamento de uma medição das amostras. Nela, o braço mecânico da espaçonave seria movido. Além disso, uma queima de frenagem também estava planejada e foi cancelada.

O objetivo da Nasa é coletar material da superfície de Bennu. Segundo a agência, o asteroide contém material do início do Sistema Solar, e pode representar uma verdadeira “cápsula do tempo” para compreender os precursores moleculares da vida e dos oceanos da Terra.

As amostras coletadas pela Osiris-REx deverão retornar à Terra em 24 de setembro de 2023, quando uma cápsula pousará, auxiliada por um paraquedas, no Centro de Testes e Treinamento das Forças Armadas dos EUA.

Via: Engadget