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Wellington Arruda28/09/2020 12h26, atualizada em 28/09/2020 12h55

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*Por Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente

Eletrodomésticos que conversam entre si e trocam informações, casas controladas por um único aplicativo no relógio ou celular e projetos de realidade virtual e realidade aumentada nos ambientes escolar e profissional. Se você acha que isso ainda está muito longe de acontecer é bom rever sua opinião. Esses exemplos se tornarão comuns graças à tecnologia 5G, que promete uma conexão bem mais rápida e eficiente para as pessoas e certamente será a força-motriz de verdadeiras transformações em nosso dia a dia no futuro.

Há pouco menos de um ano, em novembro de 2021, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) realizou o leilão para operação das quatro faixas de frequência destinadas ao 5G no país. Desde então, progressivamente a rede veio sendo implementada, até estar disponível nas principais capitais estaduais desde os últimos dias – e em todo o Brasil até 2029.

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O anseio é grande em torno dessa implementação. Segundo levantamento da consultoria KPMG, 7 em cada 10 empresas nacionais (71%) querem utilizá-la nos próximos cinco anos. Além disso, estudo realizado pela Ciena aponta que praticamente 2 a cada 5 brasileiros (39%) acreditam que terão acesso a ela no prazo de um ano.

O otimismo se justifica pelas características e vantagens que o 5G promete oferecer aos usuários. A começar pela velocidade de conexão. Enquanto o 4G, que já possibilitou os serviços de streaming com que estamos acostumados, como Netflix e Spotify, transmite 1 gigabit por segundo, com a nova tecnologia essas velocidades chegam a ser 20 vezes maiores.

Além disso, a latência, ou seja, o tempo de resposta da rede, vai cair de 50 milissegundos para cerca de 1 milissegundo. Não bastasse isso, a eficiência energética também promete ser 90% superior ao que estamos acostumados a ver atualmente. Em outras palavras: a conexão com que estamos acostumados será muito mais rápida, com menos “travamentos” na transmissão de dados e consumindo muito menos a bateria dos equipamentos.

Na prática, isso significa uma verdadeira revolução na forma como acessamos e consumimos as soluções digitais. Se ainda hoje há quem se espante com as possibilidades proporcionadas pela tecnologia, como acesso à internet pelo celular, assistir a filmes quando e onde quiser por um app na televisão e até trabalhar de casa com os benefícios do cloud computing no ambiente corporativo, nada vai se comparar ao que está por vir com o 5G.

A conectividade, literalmente, estará em qualquer lugar. É com essa tecnologia que a proposta da Internet das Coisas vai decolar, uma vez que a conexão será mais rápida e não vai afetar tanto a bateria dos equipamentos. Dessa forma, será possível fazer compras no supermercado diretamente da geladeira ou com assistentes de voz, como a Alexa. Fazer o download de um filme inteiro vai levar poucos segundos, acabando de vez com a qualidade ruim da imagem por conta de conexão fraca.

5g

Mas esses exemplos são apenas uma pequena fração do que o 5G pode desencadear nos próximos anos. Isso porque essa tecnologia tem o potencial de criar modelos de negócios e de alterar completamente a dinâmica das empresas. Com essa conectividade, a digitalização forçada pela pandemia de Covid-19 a partir de 2020 finalmente vai encontrar a tecnologia necessária para florescer e se popularizar.

Na área de educação, o e-learning vai poder transmitir o conhecimento com vídeos que não serão interrompidos pela baixa velocidade do estudante. No ambiente corporativo, as soluções baseadas em nuvem permitirão a troca de documentos e arquivos pesados de forma rápida e diretamente do smartphone. Por fim, a telemedicina vai expandir as consultas on-line e até a realização de pequenas cirurgias à distância.

O 5G, portanto, representa uma verdadeira oportunidade de transformação não só nos negócios, mas em nossa própria vida. Sim, é sempre temerário falar em “transformações” diante de toda a revolução tecnológica que vivenciamos nas últimas décadas. Há 30 anos, a maioria das pessoas não tinha linha telefônica no Brasil – e hoje há mais celulares do que pessoas.

Mas no caso dessa tecnologia, é preciso reconhecer que as possibilidades que surgem são bastante concretas e deverão passar a fazer parte de nosso cotidiano. Finalmente, temos uma chance de democratizar o acesso, ampliar a inclusão dos menos favorecidos e promover a transformação digital completa, em que o on-line e off-line convergem num mundo só. O debate recente em torno do metaverso não é uma mera coincidência.

Com o 5G, tudo o que puder ser conectado vai ter acesso à internet. A hiperconectividade finalmente será uma realidade e resolverá várias questões que ainda estão sujeitas a alto nível de erro humano.
Sim, esse cenário pode até parecer uma visão distópica de futuro, para muitos, com máquinas e humanos trabalhando lado a lado. Porém, trata-se de uma possibilidade bem real que já ganha espaço em outras partes do mundo e para a qual devemos nos preparar, também no Brasil. E o começo de tudo está nas novas redes 5G, um grande marco na história da humanidade.

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Wellington Arruda é editor(a) no Olhar Digital