Nasa faz parceria com universidades no desenvolvimento de mini naves

As 'SmallSats' servirão como comunicação e sistema de navegação para as missões do programa Artemis, que pretende levar astronautas à Lua e Marte
Renato Mota17/03/2020 16h57

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Espaço físico dentro dos módulos é o recurso mais caro das missões espaciais. Como tudo é limitado – e levar qualquer coisa lá para cima é caríssimo – é preciso aproveitar qualquer espaço possível. É por isso que a Nasa convocou nove equipes de universidades norte-americanas para colaborar no desenvolvimento de espaçonaves miniaturizadas, conhecidas como “SmallSats”, que farão parte da missão Artemis de exploração da Lua e de Marte.

A ideia é que os SmallSats, que podem variar em tamanho entre uma caixa de sapatos e a de uma geladeira, operem principalmente em órbita baixa da Terra. Eles abrirão caminho para missões complexas de exploração lunar.

“Enquanto nos preparamos para as próximas missões robóticas e tripuladas à Lua, esperamos que pequenas naves ajudem a buscar recursos e estabelecer a comunicação e a navegação no espaço cislunar”, explica o diretor do programa Small Spacecraft Technology, Christopher Baker.

Servindo como relés de comunicação e navegação entre a Terra e a Lua, os SmallSats funcionarão de maneira semelhante a como usamos satélites de comunicação e GPS em torno para viajarmos dentro do nosso planeta. “Essa capacidade pode desempenhar um papel importante ao ajudar a agência a construir uma presença sustentável na Lua”, afirma a agência espacial.

O programa Small Spacecraft Technology selecionou as equipes de oito universidades, como a Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA) e a Universidade do Texas, em Austin, para desenvolver novos sistemas.  Os projetos se concentram em três áreas técnicas relacionadas às necessidades das missões ligadas à Lua: comunicação, propulsão e fornecimento de energia e gerenciamento térmico.

“Essas parcerias entre a academia e a Nasa ajudam a cultivar abordagens rápidas, ágeis e econômicas de pequenas naves”, avalia Jim Cockrell, tecnólogo-chefe do programa Small Spacecraft Technology. “Trabalhar com universidades fornece acesso às mentes brilhantes que um dia liderarão a jornada da exploração”. Cada grupo receberá até US$ 200 mil por até dois anos pela colaboração.

Via: Nasa

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital