Destruição de satélite indiano pode ter sido um grande erro, diz chefe da NASA

Com o objetivo de destruir satélites com fins militares, o governo da Índia acabou criando um lixo orbital que pode afetar a Estação Espacial Internacional (ISS)
Redação02/04/2019 13h00, atualizada em 02/04/2019 13h30

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No dia 27 de março, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou o sucesso da “Missão Shakti”, um teste de míssil que destruiu um dos satélites do país. A Índia foi o quarto país a ter completado tal missão, depois dos EUA, Rússia e China, que busca eliminar os satélites para fins estratégicos e militares. Entretanto, o chefe da NASA, Jim Bridenstine, qualificou a destruição como uma “algo terrível” e que pode colocar em risco os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) devido ao lixo orbital criado.

O governo da Índia escreveu que o teste foi realizado a um nível baixo o suficiente para garantir que quaisquer detritos gerados retornassem à Terra dentro de algumas semanas. Enquanto isso, o representante da agência espacial apontou que o míssil que abateu o satélite criou pelo menos 400 pedaços de detritos orbitais, sendo 60 destes maiores do que 6 polegadas.

O satélite estava abaixo da ISS, mas 24 das peças foram destruídas acima do seu apogeu, criando um risco potencial. “É inaceitável e nós precisamos ser muito claros sobre o impacto que isso tem”, disse Bridenstine. A NASA, junto com o Centro de Operações Espaciais Combinadas do Comando Estratégico dos EUA, estimou que o risco para o ISS aumentou em 44% nos últimos dez dias. Por enquanto, foi apontado pela agência espacial que os astronautas estão seguros e que a ISS poderia ser manobrada se necessário para evitar os escombros.

A também China conduziu um teste de mísseis super arriscado em 2007, destruindo um satélite a uma órbita muito mais alta, de 537 milhas, os detritos desse ainda circundam a Terra, ameaçando outros satélites e missões. Várias nações, incluindo a China e os EUA, estão trabalhando em vários esquemas para remover lixo espacial usando lasers e redes. O maior medo agora é em relação a colisões que podem destruir grande parte da infraestrutura no espaço. “Afinal de contas, temos que ter em mente que essas atividades não são sustentáveis ou compatíveis com voos espaciais tripulados”, disse Bridenstine.

Via: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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