A Nasa investiga um aumento no vazamento de ar de cabines da Estação Espacial Internacional (ISS). Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (20), a agência anunciou que tripulantes do segmento norte-americano do laboratório devem passar o próximo fim de semana no módulo de serviço russo Zvezda, administrado pela Roscosmos.

Segundo a nota, o vazamento não ameaça a segurança de astronautas. A Nasa explica que parte do ar das cabines da estação pode vazar ao longo do tempo. Para garantir que isso não interfira nas condições do ambiente, são realizados processos rotineiros de pressurização de tanques de nitrogênio, que chegam à ISS por meio de missões de reabastecimento.

Em setembro de 2019, no entanto, foram identificados os primeiros indícios de um aumento incomum no volume de vazamento de ar das cabines. A agência diz que as atividades de rotina do laboratório, como caminhadas espaciais e o tráfego de espaçonaves, atrasaram a coleta de dados suficientes para medir a taxa de vazamento.

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Cápsula SpaceX Crew Dragon se acoplando à ISS. Imagem: Simulação/Nasa

Agora, a Nasa afirma que o índice aumentou ligeiramente e que trabalha em um plano para isolar e identificar a origem do problema. “Todas as escotilhas da estação espacial serão fechadas neste fim de semana para que os controladores da missão possam monitorar cuidadosamente a pressão do ar em cada módulo”, diz a agência.

O comunicado reforça que o teste não vai apresentar nenhum risco de segurança para a tripulação ou para a estrutura da ISS. O procedimento deve determinar qual módulo apresenta uma taxa de vazamento maior do que o normal. A Nasa diz que especialistas esperam divulgar os resultados preliminares até o fim da próxima semana.

Crew-1 não decola até outubro

Nesta semana, a Nasa anunciou que a próxima missão tripulada da agência em parceria com a SpaceX não deve ocorrer antes do dia 23 de outubro. A missão Crew-1 vai transportar quatro astronautas até a Estação Espacial Internacional a bordo do foguete Falcon 9, desenvolvido pela empresa de Elon Musk.

O evento vai marcar a primeira operações de um programa comercial de missões tripuladas entre a Nasa e a SpaceX, que firmou um contrato de US$ 2,6 bilhões (ou R$ 14,41 bilhões) com a agência para realizar ao menos seis missões espaciais.

Via: Space