Cientistas da Nasa anunciaram nesta segunda-feira (26) a descoberta de moléculas de água na Lua, algo importante para futuras missões tripuladas em programas como o Artemis e para a construção de bases permanentes na superfície de nosso satélite.
A descoberta foi feita usando o Sofia, um telescópio infravermelho montado dentro de um avião Boeing 747. Voando a 11 km de altura, onde a maior parte da radiação infravermelha vinda do espaço ainda não foi bloqueada pela atmosfera, ele pode produzir imagens muito mais detalhadas do que telescópios em solo.
Mas se você está imaginando poças d’água na superfície ou grandes blocos de gelo, vai se decepcionar. A água foi detectada em uma concentração de 100 a 400 partes por milhão em uma região iluminada dentro da cratera Clavius.
Ou seja, são moléculas de água espalhadas entre o regolito (rochas) na superfície, e não uma fonte visível aos olhos. A quantidade encontrada é 100 vezes menor do que a existente em locais da Terra como o deserto do Saara.
Há muito se especula sobre a existência de gelo na Lua, entretanto ele estaria localizado dentro de áreas escuras de crateras e cânions. Segundo Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica na Diretoria de Missões Científicas na sede da Nasa em Washington, “esta descoberta desafia nossa compreensão sobre a superfície lunar e levanta questões intrigantes sobre os recursos relevantes para exploração das profundezas do espaço”.
Fonte: Nasa