Um foguete chinês Long March 6 decolou às 00h18 (horário de Brasília) do Complexo de Lançamento nº 16 em Tayuan, na China, carregando 10 satélites de observação terrestre NuSat para a empresa argentina Satellogic.
Os NuSat são a base de uma constelação que a Satellogic chama de Aleph-1, em construção desde 2016. Eventualmente ela será composta por mais de 300 satélites, e 8 já estão em órbita.
Os satélites são equipados com um sistema capaz de capturar imagens em luz visível e no infravermelho, e a constelação oferecerá comercialmente imagens e vídeo em tempo real de nosso planeta com uma resolução ao solo de apenas 1 metro. Ou seja, suficiente para diferenciar objetos a 1 metro de distância entre eles.
Segundo a Satellogic, os dados produzidos por seus satélites podem ser úteis em setores como o gerenciamento florestal, finanças e seguros, produção de energia e agricultura. A empresa também oferece serviços a governos.
Imagem de Satélite produzida por um NuSat da enpresa Argentina Satellogic. Foto: Satellogic
Argentina e o espaço
Em agosto deste ano a SpaceX usou um Falcon 9 para lançar ao espaço outro satélite argentino, o SAOCOM (Satélite Argentino de Observación Con Microondas) 1B. Trata-se de um satélite de observação terrestre, irmão do SAOCOM-1A que também foi lançado pela SpaceX em outubro de 2018. A missão tinha sido originalmente programada para março, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.
O lançamento foi feito rumo ao sul para que o satélite fosse colocado em uma órbita polar e heliossíncrona, que faz com que ele sobrevoe uma região exatamente no mesmo horário a cada dia, algo importante para a principal missão do satélite, a prevenção e combate de desastres naturais. Este foi o primeiro lançamento em uma órbita polar a partir da Flórida em 50 anos.